Comissão de Ética do PT voltará a ouvir testemunhas de Delúbio no dia 13
A Comissão de Ética do PT voltará a ouvir testemunhas do ex-tesoureiro Delúbio Soares no próximo dia 13 de setembro, na sede do Diretório Nacional, em São Paulo.
A retomada dos trabalhos da comissão ocorrerá por conta da ação cautelar com pedido de liminar obtida por Delúbio, que impediu o Diretório Nacional de votar o relatório apresentado pela comissão no último sábado (3). O relatório pedia a expulsão do ex-tesoureiro dos quadros do partido.
Na ação, com liminar acatada pela Justiça de São Paulo, Delúbio alega não ter sido informado formalmente da segunda convocação das testemunhas que faltaram na primeira oitiva.
Na primeira audiência, no dia 16 de agosto, das oito testemunhas arroladas, compareceram três. A comissão decidiu, então, marcar nova data para ouvir as testemunhas restantes, além dos depoimentos de José Pimentel e Ricardo Berzoini, que fariam uma explanação sobre a situação do partido.
Inicialmente, marcou-se para dia 21 de agosto, domingo. Por impossibilidade de agenda dos secretários petistas, a data foi antecipada para o dia 19 de agosto.
O ex-tesoureiro alega não ter sido informado desta última data formalmente (por carta) e, apesar de ter tomado conhecimento da audiência, informou que não teria condições de comparecer por cansaço — ele havia deposto na CPI dos Correios no dia anterior. Pelo Estatuto do PT, Delúbio tem o direito de assistir a todos os depoimentos.
O departamento jurídico do PT informou que fará uma contestação formal da ação movida por Delúbio. Mas, para resolver o problema de forma mais ágil, a Comissão de Ética decidiu também anular os trabalhos realizados no dia 19 e convocar novamente as testemunhas ouvidas nesse dia. Também voltarão a ser ouvidos os secretários Ricardo Berzoini e José Pimentel.
“Com isso, apesar de não concordarmos com as argumentações dele, agilizamos o desfecho deste caso. O ex-tesoureiro poderá participar das audiências e resolveremos o problema apontado em sua alegação”, afirma Lene Teixeira, coordenadora da Comissão de Ética.
Ela ressalta que a comissão não considera ter cerceado, em momento algum, o direito de defesa de Delúbio Soares, que teve garantido o acesso à documentação e depoimentos colhidos.
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