Escândalo das contratações ilegais: MP denuncia ex-prefeito
Por Armando de Amorim Anache, com informações do MPMS
O ex-prefeito [2009-2012] de Aquidauana, Fauzi Suleiman (PMDB), é denunciado - é a terceira vez somente nesta semana -, pelo Ministério Público do Estado do Mato Grosso do Sul.
Desta vez, ele é acusado, juntamente com três ex-integrantes do seu Governo, de contratação ilegal de servidores públicos, sem prévio concurso público.
Inchaço
Levantamento feito pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, representada pelo promotor José Maurício de Albuquerque, constatou que, em novembro de 2011, a Prefeitura de Aquidauana tinha 2.070 servidores. Segundo a denúncia, "a Lei Orgânica do Município determina que o número de funcionários do Poder executivo não pode ultrapassar 2,5% do número de eleitores existentes no município ... assim, não poderiam existir mais de 841 servidores municipais". E prossegue a denúncia: "Assim, constatou-se que o número de servidores do Poder Executivo representava 2.461 vezes o número máximo permitido pela LOM [Lei Orgânica do Município]. Dos 2.070 servidores, 1.078 eram efetivos [concursados], 230 comissionados e 762 contratados temporariamente".
Recomendação ignorada
Em 2011, quando a irregularidade foi constatada, o Ministério Público encaminhou uma recomendação ao então prefeito Fauzi Suleiman (PMDB), "sugerindo a adequação do número de funcionários ao que dispõe a LOM, bem como orientando o Executivo [prefeito] a promover a rescisão das contratações temporárias, por conta das ilegalidades existentes."
Ainda segundo a denúncia, "apesar disso, nenhuma providência foi tomada pelo prefeito que, ao contrário, passou a contratar mais pessoas, talvez em decorrência das eleições que se aproximavam."
3.000 servidores
O Ministério Público, depois de minuciosa investigação, afirma que "ao final do mandato do ex-prefeito [Fauzi Suleiman], a máquina administrativa municipal havia inchado ainda mais, atingindo algo em torno de 3.000 servidores."
Ex-gerentes acusados
Arquivo Pantanal News/Divulgação Agecom - 14.01.2009
Advogado André Beda dá entrevista ao Programa Armando Anache, na
rádio INDEPENDENTE, em 30 de abril de 2008; afirmava que candidatos
não poderiam usar poder econômico na eleição municipal, em Aquidauana;
no Governo Fauzi [2009-2012], MP acusa Beda pelo inchaço que chegou
a quase 3.000 funcionários, contratados sem concurso público
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Crime e pena
O Ministério Público pede a condenação dos acusados, conforme as penas do artigo 1º, inciso XIII, do Decreto-Lei 201/67. Para esse tipo de crime, a lei prevê a pena de até três anos de prisão.
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