Fotos: Armando Anache/Blog do Armando Anache/Pantanal News ®
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Promotor Antenor Ferreira de Rezende Neto diz que a aprovação da PEC será um "retrocesso"
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O
MPMS (Ministério Público do Estado do Mato Grosso do Sul), por meio dos
promotores da Comarca de Aquidauana, realizou uma reunião, na manhã desta
sexta-feira, no plenário do Tribunal do Juri, no Fórum, para mostrar à
sociedade os malefícios que poderão ser causados, caso o Congresso Nacional aprove
a PEC 37, também conhecida como "PEC da Impunidade".
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Promotor de Justiça José Maurício de Albuquerque diz que as prerrogativas do MP
servem para proteger a sociedade
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Essa
Proposta de Emenda Constitucional pretende tirar dos Ministérios Públicos
Estadual e Federal o poder de investigação criminal, mudando a Cosntituição
Brasileira, promulgada em 1988 e conhecida como “Constituição Cidadã”. Caso
seja aprovada, “a emenda praticamente inviabilizará investigações contra o
crime organizado, desvio de verbas, corrupção, abusos cometidos por agentes do
Estado e violações de direitos humanos”, conforme explica o MP do Paraná, no
seu site na internet.
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Promotor Antenor Ferreira de Rezende Neto defende a atuação do MP e fala sobre o tema
"Brasil contra a impunidade"
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Vereadores, juiz de Direito, professores, policiais militares, advogados, procurador
jurídico da Prefeitura e imprensa, durante as palestras dos promotores de Justiça
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Em
Aquidauana, 135 quilômetros a oeste de Campo Grande, os promotores de Justiça
José Maurício de Albuquerque e Antenor Ferreira de Rezende Neto promoveram, na
manhã de hoje, uma reunião com a presença de vários segmentos da sociedade. Na
pauta, “o retrocesso que será causado, caso a PEC número 37 seja aprovada”,
conforme explicou o promotor Antenor Ferreira de Rezende Neto. Para ele,a
exposição de motivos, apresentada pelo autor da PEC 37, o deputado federal
Lourival Mendes (PT do B/AM), que é delegado da Polícia Civil, “deixa muito
claro que o objetivo do projeto é tirar do Ministério Público, e também do
Banco Central, COAF [Conselho de Controle de Atividades Financeiras], Receita
Federal e outros órgãos, as participações que têm, hoje, nas investigações de
crimes”.
O
promotor Antenor Ferreira de Rezende Neto disse que, se aprovada a PEC 37, o MP
não poderá mais investigar e acusar quem tenha praticado crime. Tudo o que é jeito,
atualmente, pelo Ministério Público, será da competência de um delegado de
Polícia. Para o promotor, o delegado que tiver que investigar denúncias, por
exemplo, de corrupção contra agentes políticos, detentores de cargos públicos, “terá
que ser um verdadeiro herói, par poder aguentar as pressões que, certamente,
poderá sofrer de pessoas mais poderosas e em cargos superiores”. Rezende Neto
diz que o Ministério Público não quer fazer o papel da Polícia, mas não pode
abrir mão de ser o promotor da ação penal pública, acusando quem tenha
praticado um crime. “A sociedade só terá
a perder com a aprovação da PEC 37; temos que pensar, em tese, no caso
de uma pessoa que sofra uma agressão de um policial, por exemplo; quem irá
investigar, o próprio delegado daquela equipe?”, diz o promotor em entrevista ao vivo à rádio INDEPENDENTE, Blog do Armando Anache e Portal Pantanal News.
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Comandante do 7º Batalhão da Polícia Militar assina o abaixo-assinado contra a PEC 37
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Para
o promotor José Maurício de Albuquerque, a “Operação Parajás”, realizada pelo
GAECO, em setembro do ano passado, na Prefeitura de Aquidauana, quando cinco
pessoas da administração municipal foram presas, jamais seria realizada, caso o
Ministério Público não tivesse os poderes que têm hoje. “Quem iria investigar
as denúncias contra pessoas da Prefeitura, teria que ser um delegado de Polícia
Civil, que não tem garantida a sua inamovibilidade [poder ser transferido de
uma cidade para outra, pelo seu superior hierárquico, ligado ao Poder Executivo
Estadual]”, diz o promotor José Maurício de Albuquerque, entrevistado pela rádio INDEPENDENTE, Blog do Armando Anache e Portal Pantanal News. Ele explica que essas
garantias, dadas aos integrantes da Justiça e do Ministério Pública são, na
realidade, defesas para a própria sociedade.
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Oficial da PM assina o abaixo-assinado contra a PEC 37, observado pelo juiz José de Andrade
Neto (à esquerda, com gravata) e procurador jurídico da Prefeitura, advogado
(à esq., com as mãos no bolso da calça)
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Nesta
sexta-feira, 5 de abril, em todas as comarcas, foram promovidas reuniões
similares. No fim das explicações dos promotores, foram colocadas à disposição
dos presentes listas para assinaturas de abaixo-assinados contra a PEC número
37, que “acrescenta o § 10 ao art. 144 da
Constituição Federal para definir a competência para a investigação criminal
pelas polícias federal e civil dos Estados e do Distrito Federal”.
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Juiz da 2ª Vara Cível de Aquidauana, José de Andrade Neto, assina o abaixo-assinado contra
a PEC 37
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Policiais militares presentes fizeram questão de assinar,
manifestando pubicamente o apoio ao Ministério Público e os promotores da
Comarca de Aquidauana. O juiz da 2ª vara Cível de Aquidauna, José de Andrade Neto, representou os juízes do Fórum de Aquidauana e assinou o abaixo-assinado contra a PEC 37. O procurador jurídico da Prefeitura de Aquidauana, advogado Heber Seba, representando o prefeito Zé Henrique Trindade (PDT), também assinoi o abaixo assinado, em defesa do MP e contra a PEC 37. O presidente da sub-seção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Aquidauana também ssinou o documento. O vereador de Aquidauana, Anderson Meireles, disse que
apresentará uma moção de apoio ao MP e contra a PEC 37, no Plenário da Câmara
de Vereadores.
Leia mais:
Membros do MPMS apoiam a campanha “Brasil contra
a Impunidade”
Nos últimos anos, o Ministério Público
brasileiro tem ganhado mais força e visibilidade em razão das investigações que
trouxeram a tona esquemas de corrupção e irregularidades no Brasil inteiro.
Agora, uma série de questionamentos e medidas contrárias à atuação de
Promotores e Procuradores faz o MP iniciar um movimento nacional de
mobilização, cujo principal objetivo é barrar a Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) 37, que retira do órgão o poder de investigação.
A PEC 37, conhecida como PEC da Impunidade está
em tramitação na Câmara dos Deputados e é uma Proposta de Emenda à Constituição que estabelece
que a apuração das infrações penais será atribuição privativa das Polícias
Federal e Civil dos Estados e do Distrito Federal.
Com essa motivação, o Ministério Público de Mato
Grosso do Sul realizou nesta segunda-feira (1º) uma videoconferência com todos
os Promotores de Justiça do Estado para convocá-los à luta no combate a
Proposta. O pronunciamento serviu para planificar as estratégias de atuação e
foi realizado pelo Procurador-Geral de Justiça Humberto de Matos Brittes, o
Corregedor-Geral Mauri
Valentim Riciotti e o Promotor de Justiça
Alexandre Magno Benites de Lacerda, Presidente da Associação Sul-Mato-Grossense
dos Membros do Ministério Público (ASMMP).
O Procurador-Geral de Justiça Humberto de Matos
Brittes reforçou o convite aos Membros do MPMS e enfatizou a importância da
união das Instituições e do apoio da sociedade. “Quando todas as Instituições
se unem no combate a criminalidade, essa PEC vem na contramão da evolução que a
sociedade almeja. Há essa união de esforços, tudo visando combater a PEC 37. A
sociedade precisa saber desse absurdo. Por isso estamos convocando todos os Procuradores
e Promotores para irem às ruas alertar a população. Um trabalho que culminará
num ato em Brasília no dia 24”, enfatizou o Procurador-Geral.
“Nós estamos vivendo um momento crucial. O
combate da PEC 37 não traduz uma vontade de ter o poder só pelo poder. É
indispensável que o Ministério Público Brasileiro mantenha o seu poder de
investigação. É de fundamental importância que uma instituição absolutamente
independente possa agir de maneira destemida para apontar os responsáveis por
crimes” ressaltou o Corregedor-Geral Mauri Valentim Riciotti.
A Campanha “Brasil contra a Impunidade” tem o objetivo de
chamar a atenção da sociedade para a gravidade de tal Proposta. O lançamento da campanha nacional acontecerá no
período de 08 a 12 e 24 de abril, sendo de 08 a 11 nas comarcas do interior; 12
de abril nas capitais e 24 de abril a mobilização nacional, em Brasília.
Fonte:
Assessoria de Comunicação MPMS – 2 Abr 2013
Procurador-Geral visita Comando-Geral da PM e
PRF para discutir estratégias de atuação na campanha Brasil contra a Impunidade
O Procurador-Geral de Justiça Humberto de Matos
Brittes visitou nesta quarta-feira (3) o Comandante-Geral da Polícia Militar,
coronel Carlos Alberto David dos Santos e o Superintendente Regional da Polícia
Rodoviária Federal em Mato Grosso do Sul,Inspetor Ciro Vieira Ferreira.
A visita de cortesia que foi acompanhada pelo
Promotor de Justiça Alexandre Magno Benites de Lacerda, Presidente da
Associação Sul-Mato-Grossense dos Membros do Ministério Público (ASMMP), serviu
para viabilizar um estreitamento das relações entre o Ministério Público
Estadual a PM e a PRF e discutir as estratégias de atuação das Instituições na
campanha Brasil contra a Impunidade, cujo principal objetivo é barrar a Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) 37, que retira dos órgãos o poder de investigação.
A PEC 37, conhecida como PEC da Impunidade está
em tramitação na Câmara dos Deputados e é uma Proposta de Emenda à Constituição que estabelece
que a apuração das infrações penais será atribuição privativa das Polícias
Federal e Civil dos Estados e do Distrito Federal.
Na oportunidade o Procurador-Geral de Justiça
Humberto de Matos Brittes reforçou o convite ao coronel Carlos Alberto David
dos Santos e também ao Inspetor Ciro Vieira Ferreira para participarem da campanha que será
deflagrada nacionalmente no período de 08 a 12 e 24 de abril, sendo de 08 a 11
nas comarcas; 12 de abril nas capitais e 24 de abril a mobilização nacional, em
Brasília.
A Campanha "Brasil contra a Impunidade"
A campanha "Brasil contra a
Impunidade" tem por objetivo chamar a atenção da sociedade para a
gravidade da Proposta de Emenda à Constituição nº 37, que tramita no Congresso
Nacional. A PEC 37 visa retirar o poder de investigar do Ministério Público e
de outros órgãos, tornando a atividade investigatória criminal exclusiva das
polícias Federal e Civil.
Fonte:
Assessoria de Comunicação do MPMS – 4 Abr 2013
Manifesto Contra a Impunidade
A ABRACCI - Articulação Brasileira Contra a Corrupção e a Impunidade - convida as organizações da sociedade civil brasileiras a se manifestarem contra a Proposta de Emenda Constitucional nº 37, a "PEC da Impunidade", que retira do Ministério Público e de outras instituições a competência de promover investigações, conferindo exclusividade dessa atribuição às polícias Civil e Federal.
Para a ABRACCI a aprovação da PEC nº 37 significa um retrocesso para o regime democrático brasileiro e para a luta contra a corrupção e a impunidade.
A ABRACCI é composta por organizações que atuam contra a corrupção e a impunidade e sua experiência comprova que membros do Ministério Público têm obtido resultados significativos na investigação de crimes. Retirar do Ministério Público e de outras instituições o poder investigatório significa o aumento da impunidade no país.
MANIFESTO CONTRA A IMPUNIDADE
Expressamos nossa preocupação em relação à retirada dos poderes investigativos na esfera penal do Ministério Público. Para nós a aprovação da PEC 37/2011 significa um retrocesso para o regime democrático brasileiro e para a luta contra a corrupção e a impunidade porque:
- Exclui as atribuições do Ministério Público reconhecidas pela Constituição Federal, enfraquecendo o combate à criminalidade e à corrupção.
- Vai contra as decisões de Tribunais Superiores, que já garantem a possibilidade de investigação pelo MP.
- É contrária a tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário e que determinam a ampla participação do Ministério Público nas investigações.
- Reduz o número de órgãos para fiscalizar e além do MP, impede a investigação por órgãos como a Receita Federal, Controladoria-Geral da União, COAF, Banco Central, Previdência Social, IBAMA, Fiscos e Controladorias Estaduais.
- Confere exclusividade de investigação às Polícias Civis e Federais que não têm capacidade operacional para investigar todas as notícias de crimes registradas e, além disso, são subordinadas direta e hierarquicamente aos chefes do Poder Executivo - Governadores de Estado e Presidente da República. Podem ser removidos de seus cargos ou investigações sem qualquer justificativa de seus chefes.
Convidamos toda a sociedade brasileira e dizer NÃO à PEC DA IMPUNIDADE e a exigir que o Congresso Nacional tenha a mesma atitude.
Assinam este manifesto:
AMARRIBO Brasil
AASPA - Amigos Associados de São Pedro da Aldeia
AMASARI - Amigos Associados de Santa Rita do Passa Quatro
Associação dos Moradores do Jardim Montevidéu
AMPCON - Associação Nacional do Ministério Público de Contas
A Voz do Cidadão
Fórum pela Transparência e Controle Social de Niterói
Fundación Avina
GUARÁ - Associação Guardiões da Rainha das Águas
IBV - Instituto Brasil Verdade
IFC - Instituto de Fiscalização e Controle
INESC - Instituto de Estudos Socioeconômicos
Instituto Ilhabela Sustentável
Instituto Nossa Ilhéus
Instituto Soma Brasil
IPEH - Instituto de Pesquisa em Ecologia Humana
Movimento Nossa Teresópolis
Movimento Voto Consciente
Observatório Social do Brasil
Observatório Social de Niterói
Observatório Social de Rondonópolis
Oficina da Cidadania
ONG Moral
Transparência Cachoeirense
Viva São João
Para assinar este manifesto envie um e-mail para: abracci@amarribo.org.br
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