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Blog do Armando Anache e "A luta de um repórter ..." http://aaanache.googlepages.com/home

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Jornalista (MTb 15083/93/39/RJ) formado pela PUC-RJ em 1987 e radialista (MTb 091/MS)- Produtor de programas de rádio e repórter desde 1975; cursou engenharia eletrônica na UGF (Universidade Gama Filho, RJ) em 1978; formado pelo CPOR-RJ (Centro de Preparação de Oficias da Reserva), 1979, é oficial R/2 da reserva da arma de Engenharia do Exército; fundador e monitor da rádio PUC-RJ, 1983; repórter e editor do Sistema Globo de Rádio no Rio de Janeiro (1985 a 1987); coordenador de jornalismo do Sistema Globo de Rádio no Nordeste, Recife, PE(1988/1989);repórter da rádio Clube de Corumbá, MS (1975 a 2000); correspondente, em emissoras afiliadas no Pantanal, da rádio Voz da América (Voice Of America), de Washington, DC; repórter da rádio Independente de Aquidauana, MS (www.pantanalnews.com.br/radioindependente), desde 1985; editor do site Pantanal News (www.pantanalnews.com.br) e CPN (Central Pantaneira de Notícias), desde 1998; no blog desde 15 de junho de 2005. E-mails: armando@pantanalnews.com.br ; armandoaanache@yahoo.com

quarta-feira, junho 29, 2005

Delcídio quer agenda da CPMI dos Correios em julho

A Agência Senado informa que o senador Delcídio Amaral (PT-MS) quer a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) trabalhando no mês de julho.
A proposta de Delcídio visa o cumprimento de uma agenda para a tomada de depoimentos no início de julho.
Leia abaixo a íntegra da notícia divulgada pela Agência Senado :

Aprovada transferência de sigilos de Wascheck e Marcos Valério para a CPI
Os integrantes da comissão parlamentar mista de inquérito que investiga as denúncias de corrupção nos Correios votaram uma série de requerimentos na tarde desta quarta-feira (29). Entre eles, os que transferem para a CPI os sigilos fiscal, bancário e telefônico, nos últimos cinco anos, do empresário Arthur Wascheck Neto, dono da Comam (Comercial Alvorada de Manufaturados) e do empresário Marcos Valério (pessoa física), dono das agências de propaganda DNA e SMP&B, envolvidas nas denúncias de pagamento de mesada para os deputados.
Pela manhã, o presidente da CPI, senador Delcidio Amaral (PT-MS) anunciou uma proposta de agenda de trabalhos para as duas primeiras semanas de julho, aprovada pelos parlamentares. Ficou definido que a comissão irá reunir-se às terças e quartas-feiras, sempre às 9h, para ouvir depoimentos. Os outros dias da semana serão destinados à "análise de documentos e investigações".
Na primeira terça-feira, dia 5, serão ouvidos outros envolvidos na gravação que originou o pedido de CPI. São esperados Jairo Martins, José Fortuna Neves, Edgard Lange e Kasser Bittar. Os três primeiros são agentes ou ex-agentes do antigo Serviço Nacional de Informações (SNI) ou da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Bittar teria apresentado Jairo Martins ao empresário, mandante confesso da gravação.
Os requerimentos em relação aos quais havia consenso foram votados em bloco e aprovados. Ficou determinada: a identificação dos saques no Banco Rural das agências SMP&B e DNA desde 2003; a cópia da agenda de compromissos da ex-secretária de Marcos Valério, Fernanda Karina Somaggio; a requisição de todos os processos de acompanhamento da execução dos contratos dos Correios; a requisição da lista com os dez maiores contratos de franquia das agências dos Correios; e da lista com todos os contratos comerciais da estatal entre 1991 e 2005.
Também foram aprovadas a requisição dos atestados de vacinação para identificar a propriedade dos rebanhos de gado de Marcos Valério; a realização de reunião reservada com integrantes do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras); a tomada de depoimento do empresário Luiz Otávio Gonçalves, dono da Skymaster; a requisição dos relatórios produzidos pelo Coaf sobre as agências DNA e SMP&B; a tomada de depoimento do presidente do Coaf, Antônio Gustavo Rodrigues e a requisição de cópia do depoimento da secretária Fernanda Somaggio à Comissão de Ética da Câmara dos Deputados. Os requerimentos foram aprovados por 18 votos favoráveis e o voto contrário do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) .
Houve ainda discussão sobre o tempo que a quebra dos sigilos das agências de publicidade de Marcos Valério deveria abranger. Governistas e oposicionistas questionaram-se sobre quem é o "responsável pela crise" e quanto as agências receberam do governo durante as gestões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo dados apresentados pelo deputado José Eduardo Cardoso (PT-SP), na soma, as agências receberam entre 2001 e 2002, R$ 39,4 milhões, e entre 2003 e 2004, R$ 14 milhões, e que por isso, a quebra dos sigilos deve incluir os contratos realizados na gestão FHC.
Apenas a transferência de sigilos de duas pessoas, Wascheck e Valério, foi aprovada, isso mesmo depois de debate que durou mais de uma hora. A apresentação de requerimentos orais ou a modificação na hora da votação gerou discussão entre os parlamentares. A tentativa de aumentar o leque da quebra dos sigilos em um único pedido também foi criticada pelo presidente Delcidio Amaral.
- Temos que ter responsabilidade para discutir e avaliar os requerimentos. Temos uma estratégia clara que começou na denúncia [envolvendo ao ECT], e se perdermos o fio da meada, a CPI não vai dar em nada. No afã de abrir o leque das investigações, vamos é perder o foco, e assim não vamos investigar nada. Quem vai perder não é o povo brasileiro, somos nós, deputados e senadores que compõem a comissão - alertou, citando vários despachos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que alertam para a necessidade de embasamento das quebras de sigilo.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) também lamentou que a comissão desperdice tempo discutindo o que chamou de "obviedades":
- Todos sabemos que requerimento de quebra de sigilo deve estar respaldado e com consistência, senão cai no STF - disse.
Os parlamentares pretendem também pedir a transferência dos sigilos das empresas SMP&B e DNA propaganda, de Fernanda Somaggio e do ex-chefe do departamento de administração e compras dos Correios, Maurício Marinho.
O senador César Borges (PFL-BA) apresentou uma lista com nomes de empresas que teriam a participação do empresário Marcos Valério e sua mulher, Renilda. Segundo ele, são 14 empresas com participação de Marcos ou de sua esposa registradas na junta comercial de Minas Gerais.