CPMI pode votar amanhã convocação de Dirceu e Azeredo

O blog publica notícia divulgada nesta manhã pela Agência Câmara:
O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse nesta manhã que há condições de votar amanhã os requerimentos de convocação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, deputado pelo PT-SP, e do presidente do PSDB, senador Eduardo Azeredo (MG). De acordo com o jornal O Globo, uma das agências de Marcos Valério (DNA Propaganda) usou contratos com o governo de Minas Gerais como garantia para empréstimos no Banco Rural, e, logo em seguida, a outra agência do empresário (SMPB) repassou dinheiro para pelo menos 70 políticos ou pessoas ligadas a políticos mineiros que pertenciam à coligação que apoiava o então candidato a governador Eduardo Azeredo.Azeredo já se colocou à disposição da CPMI para depor."Acho que os dois devem prestar depoimento, porque todos os que estão envolvidos direta ou indiretamente devem dar explicações", avalia o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP).Serraglio acredita, no entanto, que a CPMI deve esperar os desdobramentos do depoimento de Dirceu amanhã no Conselho de Ética para definir a data em que ouvirá Azeredo e Dirceu.
Divisão de depoimentos
Osmar Serraglio disse que classificou os nomes das pessoas que ainda faltam ser ouvidas pela CPMI. Segundo ele, uma parte deve ser ouvida pela Polícia Federal e, se for o caso, também pela CPMI. A outra parte seria ouvida por grupos de parlamentares e uma terceira lista seria ouvida por toda a comissão. Serraglio não quis dizer os nomes que ainda devem ser ouvidos pelos parlamentares, mas acredita que a estratégia de dividir os depoimentos em instâncias diferentes pode acelerar os serviços.
Sub-relatorias
Sobre a divisão da CPMI dos Correios em sub-relatorias, Osmar Serraglio disse que ainda não há definição, mas a idéia é deixar a coordenação dos trabalhos internos com o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), a análise da movimentação financeira nos bancos com os deputados Gustavo Fruet (PSDB-PR) e Carlos Abicalil (PT-MT) e a parte de contratos com o deputado José Eduardo Cardozo.
Reportagem - Sílvia Mugnatto
Edição - Natalia Doederlein