Matador do meu filho tem pedra no coração, diz Sebastiana
Ela lamenta e chora, no ar, a perda do seu filho Evanilson Velasques, 20, morto com quatro tiros na madrugada do domingo (31), quando saía do Clube Forrozão, em Anastácio, cidade que faz limite com Aquidauana, situada a 135 quilômetros a oeste de Campo Grande.
Ela diz, chorando e muito emocionada, que "os filhos de outras pessoas correm perigo, se esse cara [Eduardo Alves dos Reis, 21, que matou o seu filho com tiros de revólver calibre 38] sair da cela da delegacia, onde está preso."
Ela explica que, no sábado, ela estava trabalhando em Miranda, a 70 quilômetros a oeste de Aquidauana; quando soube que o seu filho iria dançar um pouco no Clube Forrozão, onde seria morto na saída, numa rua próxima, quando urinava.
"Meu coração está tão pequeninho, mas tão pequenininho, com essa perda; pois eu criei meu filho, a criança que eu coloquei no mundo e que era um trabalhador, um bom filho, que nada fez contra ninguém", ressalta Sebastiana Velasques.
O que Evanilson Velasques fazia no Clube Forrozão, sozinho? Ele tinha envolvimento com gangues ou com drogas?
Depois de ouvir minhas perguntas, Sebastiana responde que "como é que alguém vai impedir o filho, trabalhador, de ir à uma festa, à uma reunião para se divertir um pouco? Meu filho não estava mais com a mulher, com quem ele tinha uma filha, por isso ele saiu para o lazer, para a diversão."
A mãe do rapaz de 20 anos, morto na madrugada de domingo, afirma que "se fosse para eu dar um dedo meu, para salvar a vida do meu filho, eu teria feito isso; eu morreria no lugar do meu filho, ficaria até mesmo na frente das balas que causaram a sua morte."
Chorando muito, informando que está sob efeito de remédios, Sebastiana Velasques diz que "eu quero dizer para você, Eduardo, se você tem uma pedra no coração, o que você é na vida, se você tem um coração, se você pensou naquilo que iria fazer [contra o filho]; eu entendo a pessoas que é fria, que não é humana; eu não quero falar mais porque eu não agüento", encerra Sebastiana Velasques.
Eduardo Alves dos Reis, 21, permanece preso na cela do 1.º Distrito Policial de Aquidauana, depois de ter sido preso em flagrante. Ele quase foi morto por populares que viram o crime, na saída do Clube Forrozão.
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