Ramez quer a fidelidade partidária já
O senador Ramez Tebet (PMDB-MS) defendeu a aprovação imediata da fidelidade partidária e da cláusula de barreira nas eleições proporcionais, propostas na reforma política. Mas ele considerou terrível introduzir no sistema eleitoral brasileiro, "a toque de caixa", o financiamento público de campanha e o processo de listas fechadas para escolha dos candidatos ao Legislativo.
- Propor o financiamento público de campanha em meio a essa crise social e moral, tirando dinheiro da escola e da creche, é um atentado à consciência da sociedade brasileira - afirmou.
Tebet também acha absurdo adotar o sistema de listas fechadas nas eleições para o Legislativo sem a implantação conjunta do voto distrital misto. Como o assunto é complexo e o prazo para alterações na legislação eleitoral termina em 30 de setembro, o parlamentar acredita não haver tempo hábil para aprovar a mudança para as eleições de 2006.
Na opinião do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que aparteou Tebet, o sistema de listas fechadas poderia ser adotado com sucesso no Brasil, se fosse dada ao eleitor a chance de alterar a ordem dos candidatos na hora do voto. Já o peemedebista apresenta mais reservas à mudança por acreditar que as listas fechadas poderão limitar a vontade do eleitor e possibilitar a imposição da vontade dos caciques políticos em sua composição.
Tebet afirmou que, enquanto o Congresso não aprova a fidelidade partidária - que considerou eficaz para evitar corrupção e o troca-troca de partido -, uma mudança no Regimento Interno no Senado poderá surtir esse efeito. Ele quer que as indicações para as comissões permanentes levem em conta o partido ao qual o senador estava ligado no ato da diplomação na Justiça Eleitoral.
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