Thadeu: postura de Severino é típica de quem sofre pressão
O deputado Geraldo Thadeu (PPS-MG) afirmou, nesta quarta-feira (31), que o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), deve estar sendo pressionado para agir intempestivamente defendendo, inclusive, penalidades mais brandas - censura, em vez de cassação- para parlamentares envolvidos em recebimento de dinheiro de caixa dois. Do mesmo modo, tem negaado a existência do “mensalão, mesada supostamente paga pelo Partido dos Trabalhadores a deputados em troca do apoio ao governo Lula.
Ontem (30), o presidente da Casa bateu-boca com deputados no plenário e chegou a ser ameaçado de deposição da presidência pelo deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) em razão de sua entrevista “desastrada” à Folha de S. Paulo. Severino também vem fazendo, na mídia, ataques pessoais ao presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE). A Executiva Nacional do partido decidiu, terça-feira passada, que usará da prerrogativa regimental e encaminhará de agora em diante os parlamentares citados nos relatórios das CPIs diretamente ao Conselho de Ética.
Para Thadeu, ao se defender das insinuações de que está patrocinando a operação-abafa, Severino Cavalcanti mostra-se transtornado. “Essa postura só pode ter uma explicação: a de que ele está sob pressão...”, avaliou o integrante da CPI dos Correios. Ele reforça a tese lembrando a ameaça, publicada pelos jornais, de um dos primeiros a ser apontado como um dos beneficiários do mensalão, líder do mesmo partido de Severino, deputado José Janene (PR), de que se fosse levado ao Conselho de Ética levaria consigo, inclusive, o presidente da Câmara. Vários deputados do PP, PL, PTB e PT foram listados pela CPI como beneficiários de recebimento da mesada paga pelo empresário Marcos Valério de Souza.
O outro fato considerado grave por Geraldo Thadeu é a nota pública da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados informando que enviaria as representações contra os mandatos de parlamentares envolvidos em corrupção à Corregedoria, presidida por seu apadrinhado Ciro Nogueira (PP-PT) ao invés do Conselho de Ética. “Quando ele (Severino) decide isso, deixa no ar dúvidas sobre qual a sua real intenção”, afirmou.
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