Fontana diz que prorrogação de CPIs paralisaria país em 2006

Fontana diz que prorrogação de CPIs paralisaria país em 2006. A notícia é do Portal do PT:
O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), manifestou-se contrário à prorrogação dos trabalhos da CPMIs dos Correios e da Compra de Votos. “Vamos trabalhar contra, porque, do nosso ponto de vista, 180 dias é um tempo bastante razoável para as CPMIs investigarem”. Requerimento em pauta no Congresso Nacional sugere a prorrogação do prazo da CPMI dos Correios de 15 de dezembro para 15 de abril.
“Não se trata de ser governo ou oposição, mas de discernir o que é melhor para o país. Imagine o que seria um ambiente de CPIs seis meses antes das eleições. Seria uma guerra sem quartel, seria realmente paralisar o país” argumentou.
Para o líder, entretanto, o término dos trabalhos da CPIs não implicará no fim das investigações que motivaram a criação das comissões de inquérito. “A investigação nunca vai parar porque o Ministério Público (MPU) e a Polícia Federal (PF) vão continuar a apuração, inclusive, a partir de documentos que as CPMIs vão enviar para esses órgãos”, disse o líder.
“A idéia de que as CPMIs poderiam esgotar todas as investigações que dizem respeito aos Correios e/ou à Compra de Votos, duas comissões que estão trabalhando com seriedade, com foco, é uma idéia irreal”, sustentou.
Por outro lado, Fontana defendeu a importância dos trabalhos da CPIs “que abrem o caminho de uma investigação com rapidez, quebrando sigilos telefônicos, bancários e assim por diante”. Para o líder, entretanto, a continuidade das investigações nos demais fóruns seria o melhor para o Estado brasileiro.
Fontana reforçou que o ideal seria dividir as tarefas: “que os órgãos de investigação continuem atuando, e vamos devolver ao Parlamento a sua função principal, que é de legislar, por exemplo”. Ele voltou a defender o desbloqueio da pauta da Câmara para que se possa votar a reforma tributária, ainda este ano, a reforma política “que é a grande causa, inclusive, da crise que nós estamos vivendo”.
Agência Informes (www.informes.org.br)