Justiça paulista absolve acusado de participar do assassinato de 111 presos do Carandiru
São Paulo – Por 22 votos a 2, o Tribunal de Justiça de São Paulo acaba de absolver o coronel da polícia militar paulista Ubiratan Guimarães, condenado em 2001 a 632 anos de prisão pela morte de 102 dos 111 prisioneiros no complexo penitenciário do Carandiru, em 1992. O tribunal acatou dois dos seis argumentos apresentados pela defensoria e reformou a primeira sentença, após decidir que a juíza do primeiro processo cometeu erros. A realização de outro julgamento dependerá de possível recurso a ser apresentado pela promotoria. Representantes de diferentes organizações civis de defesa dos direitos humanos permanecem diante da sede do Palácio da Justiça, na Praça da Sé, no centro da capital, onde ocorreu o julgamento do coronel da polícia militar. Entre as entidades civis representadas estão o Movimento Nacional de Direitos Humanos, a Federação Interamericana de Direitos Humanos e a Comissão Teotônio Vilela. Ubiratan Guimarães, atualmente deputado estadual pelo PTB, chefiou a operação militar para controlar uma rebelião dos internos do Pavilhão 9 do Carandiru, que resultou em 111 mortos, a maioria a tiros, em 2 de outubro de 1992. O coronel foi levado a júri popular em 2001 e condenado a 632 anos de reclusão, por ser o comandante da operação e ter autorizado o uso de armas pesadas contra os detentos.
Colaborou Paulo Montoia
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home