Bloqueio das contas de MS preocupa Puccinelli

Depois de uma série de reuniões com secretários durante todo o dia de hoje, o governador André Puccinelli (PMDB) voltou a reafirmar a necessidade de realizar o recadastramento das famílias que recebem benefícios sociais do Estado e disse que quem estiver irregular será excluído. André disse que, de acordo com o IPEA, existe em Mato Grosso do Sul aproximadamente 108 mil famílias em situação de pobreza com direito a receber benefícios e, somando as que recebem dos governos federal e estadual, há cerca de 150 mil.

André voltou a demonstrar preocupação com a possibilidade do Estado ter as contas bloqueadas por conta do não pagamento de parcela da dívida com a União. Comentou alguns compromissos não pagos como por exemplo, parte dos benefícios sociais (cerca de R$ 8,7 milhões), o Fonplata, a folha de servidores de dezembro, além da dívida com a União, o que mais preocupa. Para ele, a prioridade é o compromisso com a União, para evitar o bloqueio das contas.

Em função disso, manterá reunião amanhã, às 16h10 com o presidente Lula ao qual solicitará ampliação do prazo para cumprir o compromisso, já postergado para a segunda-feira próxima. O valor da parcela se aproxima de R$ 28 milhões que será acrescido de R$ 1 milhão e 800 mil, se não for paga no prazo. Esse acréscimo se relaciona à multa mensal que terá de ser paga por seis meses seguidos.

Enquanto pleiteia o alargamento do prazo, o governo do Estado conta com a possibilidade de uma boa arrecadação nos primeiros dias de janeiro, que possa permitir o pagamento, além de destinar o Fundo de Participação dos Municípios que é de 25 por cento da arrecadação. Além disso, vem desenvolvendo gestões junto ao governo federal para a liberação de uma caução que representa seguro da dívida, bem como outras liberações junto ao Planalto do valor retido do Ipemat e de valores do Pis e Pasep.

As informações são da Agência de Notícias MS