Delcídio diz ser alvo de "fogo amigo"

Acabo de fazer parte da leitura diária na internet e percebo que o tiroteio está apenas começando.
Depois do depoimento do deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), que renunciou nesta sexta-feira à presidência do partido, depois de comemorar a saída de José Dirceu da Casa Civil, agora é a vez do retorno do "fogo amigo".
Pelo menos é essa a veemente reclamação, feita hoje durante discurso no Senado, do senador Delcídio Amaral (PT-MS), escolhido por apenas dois votos de diferença, para presidir a CPI dos Correios.
Ele quer a demissão imediata do diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, a quem atribui a "plantação" das denúncias publicadas na edição de hoje do jornal "O Estado de São Paulo".
Leia a notícia completa, com o áudio do discurso do senador Delcídio do Amaral, no site Pantanal News.
Bem, numa CPI que já começou com a traição de dois integrantes do governo - Delcídio deveria ter sido escolhido presidente por 19 votos a 13 e não por 17 a 15 - não chega a causar espanto esse novo "fogo amigo" direcionado contra o senador corumbaense e pantaneiro.
"Fogo amigo", para quem não sabe, é aquele que acontece num teatro de operações - local onde se realiza um combate, numa guerra - e tem como origem as tropas amigas, normalmente na retaguarda. Na guerras convencionais recentes, isso aconteceu muito com coordenadas equivocadas passadas aos integrantes da Artilharia, cujos disparos, ao invés de acertar os inimigos situados à frente, acabavam causando baixas nas tropas amigas.
O "Estadão" publica que o senador presidente da CPI dos Correios teria sido responsável por um prejuízo de pelo menos R$2 bilhões, quando era responsável pela área da Petrobras que fez contratos com empresas americanas, para construção de usinas termelétricas.
Delcídio, normalmente tranqüilo e um verdadeiro cavalheiro, está muito bravo.
Terá que tomar muito guaraná ralado do Pantanal para agüentar os "bois guaiacas" - bois selvagens que correm dos peões - e, em seguida, relaxar com um suco de "maracudjá", como dizem os irmãos cuiabanos do querido e vizinho Mato Grosso.