O povo não admite mudanças na pauta
O povo sempre apoiou, ao lado da imprensa, sindicatos, trabalhadores em geral e outros.
Ainda ecoam nos nossos ouvidos os gritos de "Fora FHC!".
Passados muitos anos, com o PT no poder, a velha corrupção nossa de cada dia está de volta. Será que ela nasceu agora ? Claro que não. Talvez fosse divulgada timidamente no tempo do governo militar, quando a imprensa estava sob censura.
Mas neste século XXI, com Lula presidente, não dá para, de uma hora para outra, como falamos nas redações, "mudar a pauta". Ou seja : o PT que sempre defendeu CPI's, apurações, denúncias e tudo o mais que fosse contra "la corrupción", não pode, agora, aliviar a barra de quem quer que seja.
Que se apure tudo, "duela a quén doer", como disse o inesquecível Collor, em excelente "portunhol".
Só assim será possível ao povo saber quem tem culpa e quem é inocente. A democracia prevê o sagrado direito do contraditório, inclusive aos atuais acusados, que têm a oportunidade de demonstrar que são inocentes.
Quem for culpado, que seja levado ao "paredón". Ôooops, aqui é Brasil, graças a Deus. A lei não permite a pena de morte.
Ah, se o mensalão fosse em Cuba, do camarada Fidel ... ou na China, do tiro na nuca onde a família do condenado paga ao governo o valor da bala usada na execução ...
"Atención ! Peparar ... apuntar ... fuego !!"
2 Comments:
camarada,
Ainda bem que aqui não é a china, caso contrario estariamos com o maior déficit do mundo, pois só pra aquisição de balas para execução dos "ermanos", necessitariamos parar com o pagamento da dívida externa......
Paulo M. Galhardi
Saudades
Ando com saudades de café com pão;
de namorados dando beijinhos no portão;
de pedir bênção a pai e mãe (Deus te abençoe);
do sinal-da-cruz que fazia quando passava na frente da igreja;
de ver um varal cheio de roupa com cheiro apenas de sabão;
de ver alguém sorrindo enquanto lava a louça com bucha vegetal;
de sentir respeito pela polícia;
de cantar o Hino Nacional com mão no peito e lágrimas nos olhos;
de acreditar que o Brasil ganhou a Copa do Mundo porque jogou direito;
de saber que o Zezinho, filho do porteiro, não vai morrer de dengue;
e que Maria feirante poderá ter um filho médico.
Saudades de homens que usavam apenas o assobio como galanteio.
Fiu-fiu!
Morro de saudades do tempo em que um presidente de uma nação
era o mais respeitado cidadão do país.
Que cadeia era lugar só de ladrão.
Acho que andaram invertendo a situação.
Ando com saudades de galinha de galinheiro;
de macarrão feito em casa com tempero sem agrotóxico;
de só poder tomar guaraná em dia de festa;
de homens de gravatas;
de novela com final feliz;
de pipoca doce de pipoqueiro;
de dar bom-dia à vizinha;
de ouvir alguém dizer obrigado ao motorista e ele frear devagarinho,
preocupado com o passageiro.
Saudades de gritar que a porta está aberta para os que chegam.
Um saco destrancar tanto papaiz.
Saudades do tempo em que educação não era confundida com autenticidade.
Hoje, se fala o que quer em nome de uma
“tal” verdade e pedir perdão virou raridade.
Ando com saudades de ver no céu pipas não atingidas pelo efeito estufa.
Saudades das chuvas sem acidez, que não causavam aridez.
Saudades de poder viajar sem medo de homem-bomba,
de ser recebido com pompa em outra nação.
Atualmente, reina a desconfiança no coração.
Sinto muitas saudades do rubor das faces de minha mãe
quando se falava de sexo totalmente sem nexo.
Hoje, ele é tão banal que até eu banalizei.
Acho que a maior saudade que tenho é a saudade de tudo que acreditei.
Para minha filha não poderei deixar sequer a esperança.
Hoje, já não se nasce criança.
Paulo Marino Galhardi
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