Saudades da lata de querosene
"Meu filho, bons tempos eram aqueles, nos anos 1960, 1970 e 1980, em que fazíamos as campanhas políticas subindo em velhas latas de querosene, para discursar usando apenas a força das cordas vocais e sem palanques como os atuais, que mais lembram um show da Broadway."
Ele se lembra das campanhas do candidato a deputado estadual José de Freitas, na década de 60, quando o Mato Grosso ainda não havia sido dividido e o máximo que havia de luxo era o "jingle" que o povo cantava : "Meu povo, meu povo, ele vem aí de novo ! O candidato José de Freitas é o homem ideal. Dê o seu voto a ele ... para deputado estadual."
Os "santinhos" eram impressos em preto e branco e o candidato que conseguia, além da lata de querosene, um caminhão velho - emprestado por um amigo ou correlegionário - cuja carroceria era transformada em palo para comícios, já se dava por satisfeito.
É verdade. Os tempos mudaram e a hipocrisia na prestação de contas das campanhas milionárias de hoje aumentou muito.
3 Comments:
Gostei Armando,
Pena que as coisas mudaram tanto, mas ainda sonho com dias melhores!
Um abraço
Liz
Caro Peteguá,
Qualquer dia desses, ainda vamos acordar e ver que este sonho não passou de um grande pesadelo, Um dia, se Deus quizer, poderei dizer ao meu filho, aquilo que meu pai me dizia, "Filho, um fio de barba vale mais que um cheque assinado".
Hoje entre tantos jefersons, valdemares, dirceus, severinos,e olha que são todos genuinos, espero que aquele que foi um dia trabalhador como milhares de brasileiros possa mostrar que ainda a tempo, que ainda possamos ter esperança, que ainda possamos encontar homens de verdade.
Paulo Marino Galhardi
Parabéns, Armandino.
Vejo o nº 1 da latinha aquidauanense lembrando da lata-palanque, em protesto aos políticos enlatados de hoje,
Estou QAP em Anastácio
Frazão
Postar um comentário
<< Home