Jornal do Brasil: Daniel Dantas, o maior credor de Valério
Esta fumaça já apareceu dias atrás e o blog falou sobre ela. Agora, aparece mais um forte indício. Atenção, leitor, mas muita atenção mesmo.
Leia abaixo a reportagem de Hugo Marques e Sérgio Pardellas, do Jornal do Brasil:
O maior credor de Valério
Hugo Marques e Sérgio Pardellas
BRASÍLIA - O banqueiro Daniel Dantas – dono do Grupo Opportunity – terá de dar explicações à CPI dos Correios. Os primeiros levantamentos mostram que as empresas de telefonia do banqueiro são os maiores credores privados de Marcos Valério Fernandes de Souza: teriam sido depositados mais de R$ 64,5 milhões, a maior parte em 2003 e 2004, nas contas da SMPB Publicidade, da Multiaction e da DNA Propaganda. Os depósitos foram feitos pelas empresas Telemig Celular, Amazônia Celular e Brasil Telecom. As três são controladas por um pool do qual fazem parte o Opportunity, o Citigroup e os fundos de pensão.
Deste total, mais de R$ 40 milhões foram para a SMPB e Multiaction e R$ 24,5 milhões para a DNA Propaganda. Os parlamentares demonstraram surpresa com tanto dinheiro das empresas do banqueiro na conta de Marcos Valério.
– Os contratos são muito volumosos. Vamos exigir as notas fiscais, para ver se os serviços foram de fato prestados – afirmou o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA).
Quem também estranhou tanto dinheiro transferido para as contas de Marcos Valério foi o vice-líder do PSDB na Câmara, deputado Eduardo Paes (RJ). O parlamentar sustenta que os depósitos das empresas de Dantas poderão esclarecer que a origem do dinheiro do esquema de Valério, que na CPI vem sendo chamado de “Valerioduto”. Eduardo Paes afirma que “desde o começo a CPI vem prestando atenção nos depósitos elevadíssimos das empresas do doutor Daniel Dantas”.
– A CPI não vai punir apenas os corruptos. A CPI vai punir os corruptores. É muito dinheiro depositado na conta de um sujeito que não entende de publicidade. Temos que investigar quem bancou tudo isso – afirmou Eduardo Paes. Segundo as informações levantadas pela CPI até o início da noite de ontem, as transferências de Dantas para as contas de Valério na SMP&B e Multiaction foram maiores em 2003 e 2004. Foi justamente a partir de 2003 que o banqueiro começou a tentar uma aproximação com o governo do PT, para defender seus interesses junto aos fundos de pensão, que têm participação nas telefônicas.
Só em 2005, as transferências das empresas de Dantas para a SMPB e a Multiaction ultrapassariam R$ 13 milhões. Os parlamentares afirmam que as empresas do Grupo Opportunity têm contratos de publicidade com as empresas de Marcos Valério. Eduardo Paes, no entanto, lembra que as notas fiscais da Telemig Celular e da Amazônia Celular são as que mais aparecem entre documentos que foram parcialmente queimados em Minas Gerais, quando a Polícia Federal fez operação de busca na casa de um policial.
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