Zeca define em março a sua candidatura ao Senado

O blog publica abaixo novos trechos da entrevista concedida pelo governador de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, nesta manhã, em Campo Grande:
NOVA CÚPULA DO PT – “Acho que o PT com a nova direção tem um comportamento muito correto e cristalino (...) está exigindo que a apuração vá até às últimas consequências e que se puna A, B, C, D ou quem quer que seja o responsável por tanta bandalheira. A sociedade tem pedido isso, o presidente Lula tem reivindicado que seja uma apuração rigorosa e nós estamos convencidos de que pelo comportamento, pela serenidade e responsabilidade com que o senador Delcídio, que é do PT de Mato Grosso do Sul, tem conduzido a CPI, chegaremos ao momento decisivo. O resultado que esperamos é a punição, para que se restabeleça a confiança da sociedade nas classes políticas (...)”.
REFORMA POLÍTICA – “Outro resultado esperado da CPI é que após essas constatações se abra grande debate a respeito do modelo político-eleitoral que faliu. Cabe o debate sobre reforma política, reforma eleitoral, cláusula de barreira, fidelidade partidária, financiamento público de campanha. Não sei se o financiamento público é apropriado, até acho que o povo mais pobre terá dificuldades para entender como é que se vai gastar R$ 500 milhões, R$ 1 bilhão, tanto dinheiro em campanha eleitoral. Não sei também se deve manter o financiamento privado que faliu, que novos critérios de fiscalização efetivamente possamos ter em mãos e não haja mais isso tudo que estamos vendo e que constrange não só o PT em particular, mas que pega todo mundo, o PMDB, PSDB PL, PTB, PFL. É a falência do modelo. Temos que ter coragem para fazer duas coisas: o PT cortar na carne e tirar aqueles que foram os responsáveis por esse momento constrangedor e nós todos discutirmos um novo modelo político-eleitoral”.
REFORMA ADMINISTRATIVA – “Estamos concluindo alguns estudos e em agosto, já a partir da próxima semana, apresento o esboço aos deputados da base aliada. A idéia é no final de outubro operar as mudanças, reduzindo as secretarias para oito ou nove (hoje são 14), afastar todos os secretários que são candidatos, os quais gosto muito e reduzir pelo menos 50% dos cargos comissionais. Os 50% restantes devem se profissionalizar, quero motivar, gratificar e recompensar os comissionados para que se efetivem no quadro para dar continuidade às políticas de desenvolvimento, ao processo de industrialização, de recuperação das estradas, melhoria da infra-estrutura, modernização dos serviços públicos e ampliação dos nossos programas sociais”.
CANDIDATURA AO SENADO – “Vou definir em março (...) devo fazer como fez o ex-prefeito de Campo Grande, André Puccinelli. Vou me orientar pelas pesquisas. Se o povo disser que tenho que terminar o mandato, não teria nenhuma dificuldade para isso, teria muito orgulho pelo estágio de desenvolvimento que Mato Grosso do Sul vive hoje. Se for o entendimento dos aliados, do PT e da sociedade que eu deva me afastar para ser candidato a senador, também não terei dificuldade alguma. Mas quero deixar isso para o momento oportuno. Por enquanto quero trabalhar, trabalhar, trabalhar... Fazer o que estamos fazendo”.

Com reportagem de Edmir Conceição, da Agência Popular de Notícias.