"Blog de rua" é possível sim, caro Dines
Entrava no ar "ao vivo" e contava tudo o que estava acontecendo. Um exemplo disso aconteceu em 1987, no mesmo Morro Dona Marta, quando as quadrilhas chefiadas pelos traficantes Zaca e Cabeluso travavam uma guerra pelo controle dos pontos de vendas de drogas. Só não havia a internet. Nem telefone celular. Se existisse, tudo seria muito simples: bastaria alguém bem rápido, na redação, ouvindo o repórter ao vivo e transcrevendo em texto para publicação em tempo real na internet. Simples, não?
Em 1998, quando lancei o site Pantanal News, isso tudo era feito, unindo-se o veículo rádio - o mais rápido e instantâneo já criado pelo homem - à recém inaugurada internet aqui em Mato Grosso do Sul.
Das ruas, ao vivo, com os carros de reportagens dotados com transceptores em VHF e telefones móveis celulares, os repórteres enviavam as notícias ao vivo e estas eram publicadas "on line", simultâneamente.
Também havia e ainda existe a figura do "repórter amador", enviando informações pelo telefone. Algumas, publicadas imediatamente. Outras, depois de corretamente checadas.
Quem faz jornalismo no campo - como os antropólogos com as suas cadernetas de anotações - sabe muito bem como isso funciona.
Em abril de 1990 também comecei uma campanha, pelo rádio, denunciando locais onde as drogas eram vendidas livremente. Eram as chamadas "bocas-de-pó".
Isso para mim, modéstia à parte, não é novidade, caro e competente e respeitado colega jornalista Alberto Dines.
Gostaria que o colega lesse essa postagem aqui no blog. Seria uma honra para este pantaneiro, que trabalhou 10 anos no Rio e dois em Recife, como coordenador de jornalismo. Pena que não havia celular nem internet naquela época. Teria sido uma farra de informações.
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