Sócio da Guaranhuns nega conhecer remessa às Ilhas Cayman
Questionado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Compra de Votos pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR), o empresário José Carlos Batista, sócio da Guaranhuns, negou saber quem foi o responsável pelas duas remessas para a conta no Banrisul da off shore Esfort Trading, no paraíso fiscal das Ilhas Cayman. A Guaranhuns pertence à offshore, que teria sido utilizada pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como operador do suposto esquema conhecido como “mensalão”, para enviar dinheiro ao exterior.
Movimentações
Uma das remessas questionadas teria sido de 1 milhão de dólares (aproximadamente R$ 2,4 milhões), em 25 de março de 2002, e a outra de 100 mil dólares (cerca de R$ 240 mil), em 4 de junho de 2003. Batista também negou saber a respeito da movimentação de 1 milhão de dólares em 1º de novembro de 2002 por um caminho inverso, ou seja, das Ilhas Cayman para conta da Esfort Trading no Brasil. Alvaro Dias acusou o empresário de ser um "laranja". "Se o senhor não sabia dessas remessas é porque foi utilizado por Marcos Valério", observou.
Terreno
O depoente ainda foi questionado pelo relator da CPMI, deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG), sobre quem seria proprietário do terreno da Guarunhuns. José Carlos Batista, porém, não soube responder.
Comentário do blog: No meio político e, mais especificamente, entre os integrantes da CPMI do Mensalão, o comentário é de que esse cidadão encarna o típico "laranja". Aquele cujo nome é utilizado na configuração societária de uma empresa mas, na realidade, nada sabe sobre ela, porque não é o verdadeiro dono. Ouvi o mesmo comentário, há pouco, na Globo News TV. É isso. Ou tudo isso.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home