Mínimo de R$ 384 é irreal, diz Jaques Wagner
Após se reunir com a bancada do PT, o ministro Jaques Wagner afirmou ainda que o governo vai trabalhar na Câmara para reverter o resultado. “Agora, se não for revertido, a solução que os senadores nos deixaram é entre o irreal, que é o valor de R$ 384 e algo que já havíamos superado, que era os R$ 260. Essa responsabilidade não é do governo. É de quem votou algo ciente que é absolutamente incompatível com o quadro fiscal, que os senadores defendem, que reconhecem os avanços da economia. Fizeram um gesto, na minha opinião, de disputa política”.
Ele afirmou ainda ter a certeza de que será mantido o mínimo de R$ 300. “Vamos manter a decisão daquilo que foi possível e negociado com as centrais sindicais que são os R$ 300. Encontraremos uma saída ou derrubando na Câmara ou uma saída dentro da legalidade, mas os R$ 300 serão mantidos”, disse.
Para o líder em exercício do PT, deputado Fernando Ferro (PE), o valor aprovado pelo Senado é “irresponsável”. Em sua avaliação, será possível reverter a decisão na Câmara.
O deputado Carlito Merss (PT-SC) observou que a aprovação no Senado é uma medida demagógica da oposição ao governo Lula, diante das reais possibilidades fiscais e orçamentárias da União. “O aumento que passou no Senado teria como conseqüência uma despesa extra de R$ 12 bilhões que não estava prevista no Orçamento da União deste ano”, destacou.
Transformada em Projeto de Lei de Conversão, a medida agora volta a ser discutida na Câmara, onde, em maio passado, havia sido aprovada a Medida Provisória nº 248/05 estabelecendo o salário mínimo em R$ 300.
Agência Informes (www.informes.org.br)
Comentário do blog: Como diria o formidável humorista Jô Soares - que tem na sua equipe do Programa do Jô, na Rede Globo de Televisão, o meu amigo e "patrício" dos tempos do Rio e grande operador de áudio e sonoplasta Souheil Sleman - "o macaco aqui do Pantanal só que entender por que esses mesmos políticos, quando estavam na oposição, brigavam com garras, unhas e dentes, por um salário mínimo de U$100 ou mais, hein?"
Será que, naquela época, também não sabiam, de posse dos dados corretos da nossa economia, que é impossível, por exemplo, para a Previdência Social, pagar benefícios com esse valor para o salário mínimo?
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) - conhecido como "ACM", "Toninho Malvadeza", "Toninho Ternurinha", "Grande Babalaô" ou "Avô do Grampinho" - já declarou hoje, em tom de gozação, que se colocarem o empresário Marcos Valério no Ministério da Fazenda, ele certamente saberá onde arrumar o dinheiro.
E agora, hein? Como é que fica? Ou não fica?
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