Procurador-geral da República critica atuação de procuradores do MP de São Paulo
O GloboBRASÍLIA - O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, vai requisitar, na segunda-feira, ao Ministério Público de São Paulo uma cópia do depoimento em que o advogado Rogério Buratti acusa o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, de receber propina no período em que era prefeito de Ribeirão Preto (SP). O procurador vai pedir, ainda, outros documentos que possam apontar para o envolvimento do ministro no esquema denunciado por Buratti. Antonio Fernando Souza criticou a atuação dos promotores paulistas que atuam no caso. - O Ministério Público deve tratar suas investigações com discrição e responsabilidade, tendo como base as garantias constitucionais asseguradas a todos os cidadãos - declarou o procurador-geral, segundo reprodução de sua assessoria de imprensa. A crítica faz coro ao que o próprio Palocci declarara sobre a ação dos promotores encarregados da investigação em São Paulo. Em nota divulgada na sexta-feira passada e na entrevista que concedeu ontem, o ministro reclamou da atitude do promotor Sebastião Sérgio da Silveira, que antes de terminar o depoimento de Buratti concedera entrevista revelando o teor das declarações do advogado. Em São Paulo, a investigação está a cargo do Ministério Público Estadual, sobre o qual o procurador-geral da República - chefe do MP Federal - não tem ascendência.
Comentário do blog: Esse tipo de declaração sempre cria muitos problemas. Já fui alvo de comentários desse tipo, depois de fazer e continuar atuando numa campanha frontal contra o narcotráfico, na fronteira do Brasil com a Bolívia. Na minha opinião - e se não me engano isso é lei agora, constando do Estatuto do Ministério Público - juizes e promotores não podem se envolver em política partidária, pois isso causa o risco de se utilizar a Justiça e o ínclito Ministério Público, responsável pela fiscalização do cumprimento das leis, em degraus para que algumas pessoas, mal intencionadas ou com segundas intenções, consigam a projeção imediata ou, ainda, os "15 minutos de fama" tão desejados por alguns vaidosos que, mitas vezes, deixam a ética e a discrição relegadas a um segundo plano.
Vamos aguardar as investigações relativas a esse caso específio. Certamente serão feitos inquéritos para apurar tudo, com isenção e profissionalismo, sem preocupação com os holofotes da imprensa.
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