Valter Pomar: Marchar separados, golpear juntos
Leia a seguir, nota enviada pelo 3º vice-presidente do PT, Valter Pomar, que é um dos sete candidatos à presidência nacional do partido. No texto, Pomar defende um ato conjunto entre as candidaturas que fazem oposição ao campo majoritário.
Marchar separados, golpear juntos
O Partido dos Trabalhadores está sendo submetido, há mais de 70 dias, a um violentíssimo ataque.
A direita e grande parte dos meios de comunicação buscam desmoralizar o PT, apresentando-nos como um "partido corrupto" e como uma "fraude histórica".
O PT não é um partido corrupto. Quando se tiram os corruptos, um partido corrupto deixa de existir. Com o PT acontece o contrário: à medida em que excluirmos os irresponsáveis, ele ficará melhor e mais forte.
O PT não é uma fraude histórica. Nossos militantes estiveram presentes em todas as lutas que o povo brasileiro travou, nos últimos 25 anos, por democracia, soberania nacional, por direitos iguais e pelo socialismo.
Neste momento em que o PT está sendo duramente atacado, a primeira tarefa de todo militante petista é defender o partido.
Defender o PT significa denunciar os reais propósitos da direita e dos grandes meios de comunicação: reconquistar a presidência da República e destruir o PT. Significa reconhecer os erros cometidos e punir duramente os envolvidos. Significa, principalmente, alterar a linha política que está na base destes erros: a política de alianças, os métodos de condução do partido e de financiamento de campanhas, a política econômica.
Defender o PT é trabalhar pela eleição, no dia 18 de setembro, de uma nova direção para o partido.
Por isto mesmo, propusemos a realização de um ato conjunto entre as candidaturas que fazem oposição ao auto-intitulado "campo majoritário".
Um ato conjunto entre os apoiadores das candidaturas Maria do Rosário, Plínio de Arruda Sampaio, Raul Pont e Valter Pomar reforçaria a importância da eleição da direção partidária, reafirmaria nosso compromisso de unidade no segundo turno e deixaria claro que o lugar dos petistas é no PT.
Infelizmente, a proposta de ato comum entre as quatro candidaturas não foi aceita pelo denominado Bloco Parlamentar de Esquerda, por motivos que lhes cabe explicar.
Os integrantes deste Bloco preferiram convocar, para o dia 5 de agosto, em São Paulo, um ato "contra a política econômica, as alianças espúrias e a corrupção, em defesa das bandeiras históricas do PT e do socialismo".
Seguimos achando que o correto seria realizar um ato unificado, até porque o "Bloco" reúne apenas uma parte dos deputados que apóiam as candidaturas e chapas que fazem oposição ao chamado "campo majoritário".
Por conta disto, não fazemos parte da organização nem somos patrocinadores do ato de 5 de agosto.
E seguimos trabalhando pela realização de um ato comum das quatro candidaturas, que demonstre que mesmo marchando separados, sabemos golpear juntos os que conduziram o PT para a maior crise de sua história. E, principalmente, que ofereceremos uma alternativa comum no segundo turno da eleição da presidência do Partido, marcada para 2 de outubro.
Valter Pomar
Candidato à presidência nacional do PT
Fonte: Portal do PT
Comentário do repórter: Este blog não tem nenhum interesse em "desmoralizar o PT", muito menos submetê-lo a um "violentíssimo ataque". Não tenho munição que me dê capacidade para isso nem empresário amigo para me enviar mensalão escondido na cueca. E também, nem de longe, pensa em vestir a carapuça.
Pessoalmente, conheço muitos petistas que estão endividados até hoje devido a compromissos assumidos em campanhas políticas passadas. São pessoas da melhor espécie e em nada se parecem com os Delúbios, Silvinhos "Land Rover" Pereira e Valérios.
Muito pelo contrário: Andam, dentro da maior dignidade, com "chinelos de dedo", ou sandálias havaianas de plástico e pilotam envelhecidas bicicletas. Mas não deixam de carregar - pelo menos não deixavam, até o ano passado - com muito orgulho suas bandeiras vermelhas que tremulam nos comícios que o partido realiza em pról dos seus candidatos.
Mas esses não são todos. Mas eles têm moral para gritar bem alto: Sou petista!
Agora, essa questão imbecil e autista de culpar a imprensa pelo que acontece no Brasil é uma grande estupidez. Essa imprensa - principalmente a chamada "grande imprensa", à qual este modesto blog não pertence, pois nem mesmo deve ser lido por muita gente, creio eu - é a mesma que alguns dirigentes e parlamentares do mesmo PT procuravam para "vazar" suas informações sobre corrupção nos tempos de Sarney, no governo Collor, na era mineira do Itamar e também quando era moda gritar nas ruas e no Congresso Nacional o bordão "Fora FHC!"
E era também essa mesma imprensa que dava vazão aos gritos de "abaixo a corrupção" de ontem, que hoje leva ao Brasil as notícias, do tamanho da verdade, sobre os casos de corrupção envolvendo dirigentes do PT, parlamentares de vários partidos e o empresário Marcos Valério e muitos outros que ainda estão por vir.
É a mesma imprensa que publica, como faz esse modesto blog, a nota acima que critica o nosso trabalho.
Ou como sempre diz um velho amigo meu, jornalista, radialista e advogado no Rio: "Pimenta nos olhos dos outros é refresco."
Traduzindo para um bom dialeto pantaneiro: "Bom cabrito não berra no próprio pomar, muito menos no dos outros."
Tem que agüentar o tranco, seu moço.
Será que ele agüenta? "Güüüüeeennnnntaaaaaaa!!! Ele agüeeeeeennnnnnnta!!!"
Com todo respeito.
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