Velório de Arraes reuniu mais de 15 mil pessoas
O velório do ex-governador Miguel Arraes começou na noite de ontem (13) e durou até às 16 horas (horário de Pernambuco e de Brasília, 15 horas no Pantanal Sul) deste domingo, quando o corpo do político saiu do Palácio do Campo das Princesas em direção ao cemitério de Santo Amaro, onde deve ser sepultado. Mais de 15 mil agricultores, políticos de vários partidos e ideologias, familiares, admiradores, artistas e militantes de movimentos sociais deram o último adeus ao ex-governador, que virou mito em Pernambuco ao promover a eletrificação rural, melhorando, assim, a vida do homem do campo. Na última homenagem ao mito, políticos de correntes opostas se encontraram e reconheceram a importância do ex-governador. “Miguel Arraes nasceu vocacionado para a política e dela fez sua maior devoção. Em todos os cargos e funções que desempenhou no Legislativo e no Executivo, buscou dar sentido fecundo e criativo à missão de promover a justiça social, fomentar o bem-estar e sustentar o desenvolvimento, pois a política não pode - nem deve - ser mero instrumento de conservação, mas sobretudo meio de transformação”, disse o senador Marco Maciel (PFL), adversário histórico de Arraes. O presidente Lula, acompanhado de uma comitiva de seis ministros, chegou ao palácio por volta das 9h50 (horário de Pernambuco e de Brasília) deste domingo e lá permaneceu por mais de 40 minutos. Bastante emocionado, o presidente evitou falar com a imprensa, mas declarou, através do porta-voz da presidência, André Singer, que a morte de Miguel Arraes significa uma grande perda para a política do Brasil. Entre os políticos e personalidades que compareceram ao velório estavam o cantor e compositor Caetano Veloso, a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, os ex-ministro José Dirceu, o senador Cristovam Buarque, o prefeito do Recife, João Paulo, o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, o governador em exercício de Pernambuco, Mendonça Filho, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Ciro Gomes (Integração Nacional), Jacques Wagner (Relações Institucionais), Agnelo Queiroz (Esportes) e Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia), o controlador geral da União, Waldir Pires, e o ex-ministro e deputado federal (PCdoB-SP) Aldo Rebelo.
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Homenagens - Amigo pessoal de Miguel Arraes, o presidente de Cuba, Fidel Castro, enviou uma coroa de flores para o velório e uma carta para os familiares do político. “Seu exemplo servirá de estímulo para as gerações atual e futura do Brasil e da América Latina. Sempre recordaremos de sua atitude valente e solidária com nosso povo e a revolução”, afirmou na carta. Lembrando a forte representatividade de Arraes na Zona Rural, mais de 250 trabalhadores rurais ligados ao Movimento Sem-Terra (MST) compareceram ao velório na manhã deste domingo. Em homenagem ao ex-governador, o coordenador estadual do MST, Jayme Amorim, declarou que o próximo assentamento no Estado irá se chamar Miguel Arraes. “Nós entendemos que não é só justo, mas necessário, prestar uma homenagem ao ex-governador. O apoio de Miguel Arraes foi definitivo para a reforma agrária e os avanços para o homem do campo. Vamos continuar, na nossa história, prestando homenagens a Arraes”, afirmou Jayme Amorim.
Da Redação do PERNAMBUCO.COM
(Foto: Glauco Spíndola/Diário de Pernambuco)
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