Genoino diz que não houve caixa dois em sua campanha
Genoino defendeu o irmão, José Nobre, mas diz que pagou preço alto pelo parentesco (Foto: Elton Bomfim/Agência Câmara)
O ex-presidente do PT Jose Genoino disse em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Compra de Votos que não houve caixa dois em sua campanha para o governo de São Paulo, em 2002. De acordo com sua prestação de contas, foram gastos cerca de R$ 6 milhões, o que, segundo ele, é um valor fiel ao que foi arrecadado.
O deputado Júlio Redecker (PSDB-RS) questionou o fato de a campanha de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo ter custado R$ 17 milhões. Genoino respondeu que os valores da sua prestação foram mais baixos porque era nitidamente uma campanha perdedora.
Dívidas
Genoino disse que o PT vai honrar as dívidas com os bancos Rural e BMG, no valor total de R$ 5,4 milhões. No entanto, sobre outras dívidas feitas pelo PT que não chegaram ao conhecimento do Diretório e da Executiva nacional, que hoje somariam R$ 100 milhões, Genoino afirmou que são um problema a ser administrado pelos novos dirigentes, que serão eleitos no próximo domingo (18).
Genoino disse ainda que o então ministro José Dirceu não sabia dos empréstimos ao PT que tinham como avalistas o próprio Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delubio Soares e o empresário Marcos Valério.
Irmão
Sobre os US$ 100 mil encontrados em julho na cueca de José Adalberto Vieira da Silva, então assessor do irmão de Genoino, o deputado estadual José Nobre Guimarães, o ex-presidente do PT disse que o desgaste que sofreu foi um preço muito alto pela relação sangüínea com José Nobre. Ele ressaltou que a única “culpa” que tem nessa história é o parentesco, mas defendeu o irmão e disse que não está aprovado que José Nobre tenha alguma relação com aquele dinheiro.
Autoridade
A autoridade de Genoino como presidente do PT foi questionada pela deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP). Ela afirmou que, mesmo com Genoino na presidência, quem mandava no partido era o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu.
Genoino discordou da deputada e disse que a atuação de Dirceu era somente a de um ministro fazendo negociações políticas com o partido de base do governo, o que, segundo ele, é natural, legítimo e democrático.
A reunião da CPMI está sendo realizada na sala 6 da ala Nilo Coelho, no Senado.
As informações são da Agência Câmara.







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