Antero critica STF por atrapalhar investigações de CPI
O senador Antero Paes de Barros (MT) acusou hoje o Supremo Tribunal Federal de atrapalhar as investigações da CPI dos Bingos. O tribunal concedeu na noite de ontem liminar suspendendo a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal do empresário Roberto Carlos Kurzweil. Na segunda-feira (30), o STF já havia impedido a comissão de ter acesso aos sigilos bancário, fiscal e telefônico do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto.
JOBIM
"A decisões do Supremo estão prejudicando os trabalhos da CPI. Precisamos reunir informações para saber, por exemplo, se Roberto Carlos tem envolvimento ou não com o crime de lavagem de dinheiro", alertou o tucano. O empresário Roberto Carlos Kurzweil é dono do automóvel blindado supostamente usado para transportar dólares de Cuba doados ilegalmente para abastecer campanhas do PT.
Paes de Barros também manifestou hoje apoio à decisão do presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), de transferir para a próxima terça-feira os depoimentos de Roberto Carlos e dos empresários Carlos Roberto Martins e Messias Antonio Riberiro Neto na CPI. Os depoimentos estavam marcados inicialmente para hoje, mas foram adiados em função da Ordem do Dia no plenário do Senado, que teve início às 15h30 (horário de Brasília). Pelo regimento da Casa, as comissões não podem funcionar quando há votação em plenário. "Não seria inteligente a CPI iniciar as oitivas hoje para logo depois interrompê-las", explicou. Na reunião realizada hoje pela CPI, o senador do PSDB referendou outra proposta feita pelo presidente Efraim. O pefelista pretende marcar audiência até a próxima terça-feira com o presidente do Supremo Tribunal Federal para que o magistrado colabore com o funcionamento da CPI. "O presidente Jobim precisa se conscientizar dos problemas da comissão. Esperamos que até o início da semana que vem possamos conversar com o ministro", ressaltou. No encontro adiado para a próxima terça-feira, os integrantes da comissão também vão definir se acatam ou não um novo requerimento para quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto. O amigo pessoal do presidente da República confessou em novembro à CPI que pagou do próprio bolso quase R$ 30 mil devidos por Lula ao PT.
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