Biscaia confirma declaração de Suassuna sobre propina
Biscaia disse que a declaração foi feita no mês de julho, mas não se lembra da data exata. Ele afirmou que estava trabalhando na sala da CPMI das Sanguessugas, no subsolo da ala Alexandre Costa, no Senado, quando Ney Suassuna o procurou para saber quais provas existiam contra ele. Biscaia disse que disponibilizou o arquivo eletrônico com todos os documentos e depoimentos que faziam referência a Suassuna. Segundo o deputado, enquanto o senador examinava a documentação, a todo momento pedia que os fatos fossem apurados com todo o rigor e dizia: "Não tenho nada com isso, isso é coisa do meu assessor". De acordo com Biscaia, o senador, provavelmente o considerando ingênuo, fez então a declaração de que 90% dos parlamentares recebiam propina. O presidente da CPMI da Sanguessugas afirmou que imediatamente reagiu dizendo que desconhecia "que 90% dos parlamentares cometiam crime" e, em seguida, encerrou o diálogo.
O deputado disse também que em 26 de agosto, durante um depoimento de Luiz Antonio Vedoin, o empresário fez a mesma afirmação de Suassuna. "Deputados e senadores são assim mesmo. Se eles gastam R$ 2 ou R$ 3 milhões para se eleger, eles vão querer recuperar", teria dito Vedoin. Novamente Biscaia disse que protestou e que não aceitou a informação, "porque o gasto para uma campanha de deputado não é esse". "Meus gastos estão declarados no TSE", acrescentou.
Ele afirmou ao senador Jefferson Peres que não quis divulgar a declaração de Suassuna antes, mas que, quando a informação vazou para a imprensa, ele a confirmou.
Novas denúncias
Biscaia disse em entrevista que obteve ontem o compromisso dos empresários Luiz Antonio Vedoin, Darci Vedoin e Ronildo Medeiros (donos da Planam) de que nenhuma denúncia seria feita à imprensa antes de uma comunicação ao juiz federal de Mato Grosso que cuida da investigação sobre a máfia das ambulâncias.Biscaia procurou os empresários por desconfiar que eles estavam omitindo informações. O deputado os alertou de que eles não poderiam ficar toda semana fazendo novas denúncias pela imprensa, sob pena de perderem o beneficio da delação premiada.
As informações são da Agência Câmara
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