Governador Puccinelli, presidente da Eletrosul e prefeitos ao vivo na Independente
Governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), chega ao local da inauguração da subestação da Eletrosul, na rodovia que liga Anastácio a Nioaque; repórter Armando Anache aproxima-se para tentar entrevista ao vivo
Nesta manhã, pude fazer uma das atividades que mais gosto: Reportagem ao vivo, com a instantaneidade que só o veículo rádio pode proporcionar para nós, profissionais de jornalismo; e aos ouvintes.
A notícia instantânea (veja a seqüência de fotos feitas pelo colega Francis Torres, do Portal Pantanal News), levada ao ar no momento em que o fato acontece, chega a ser motivo de vibração, ainda mais quando a autoridade - no caso de hoje, o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB) - colabora com o repórter.
Se, de um lado, temos a velho ditado que diz que "quando um não quer, dois não brigam"; do outro pode-se afirmar, sem medo de errar, que "quando repórter, assessoria e entrevistado querem e estão num bom dia, tudo corre às mil maravilhas e quem ganha é o ouvinte, ou o contribuinte, que pode saber, ao vivo, tudo o que acontece no âmbito de um governo estadual, com pouco mais de 100 dias de trabalho."
É claro que é preciso conhecer, e muito bem, a sua fonte. Afinal, quando o entrevistado ao vivo, vê alguém que já lhe é familiar, pode-se dizer que "meio caminho já foi percorrido". E se um segurança não aparecer para segurar o repórter, gritando "afaste-se, sai fora!", aí é uma maravilha e basta seguir em frente. Você conseguiu!
Ao chegar, nesta manhã, ao quilômetro 10 da rodovia que liga Anastácio a Nioaque, o governador André Puccinelli (PMDB) foi entrevistado ao vivo por este blogueiro. Ele falava aos ouvintes da rádio Independente e, ao mesmo tempo, suas palavras serviam para, dentro de alguns minutos, compor o texto das notícias sobre a inauguração da ampliação da subestação da Eletrosul, veiculadas por meio da internet, no Portal Pantanal News e no Blog do Armando Anache (Leia, aqui no blog, notícia postada abaixo desta).
Essa rapidez do veículo rádio, aliada aos textos e fotos da internet, proporcionam informação de primeira qualidade aos ouvintes e leitores, quase que simultaneamente.
Nesses momentos, lembro-me do ano de 1978, quando comecei a estudar Engenharia Eletrônica, no Rio de Janeiro, e lia, em revistas importadas dos Estados Unidos, sobre uma experiência pioneira que era realizada pela UPI (United Press International) ou, talvez, pela AP (Associated Press). Uma dessas agências - minha memória não consegue lembrar qual das duas - de notícias, naquele fim dos anos 1970, havia instalado computadores portáteis (notebooks) em alguns locais onde havia geração de notícias, tais como estádios de 'baseball', hóquei e outros. Os repórteres da UPI (ou da AP?) assistiam aos jogos e, em tempo real, escreviam para as suas redações os textos com o acompanhamento dos jogos.
Na redação, outros profissionais (existiam, ainda, os redatores; que elaboravam o chamado 'texto final') recebiam esses textos. Numa tela de computador - se não me falha a memória, daquelas de cor verde, ainda - era feita uma divisão na vertical e ao meio: À esquerda ficava o texto original do repórter e, à direita, o 'texto final' do redator. Este, ao fim do jogo que era coberto, fechava toda a reportagem que era, então, simultaneamente, distribuída aos jornais, revistas e rádios que participavam daquela experiência pioneira.
Na segunda metade dos anos 1980, cursando Comunicação Social (Jornalismo), também no Rio de Janeiro, essa experiência foi o tema da minha monografia, no último período da PUC (Pontifícia Universidade Católica).
Repórter e blogueiro Armando Anache entrevista, ao vivo, o presidente em exercício da Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio; prefeito de Anastácio, Cláudio Valério, observa
Qual o objetivo de escrever tudo isso aqui no blog? Apenas compartilhar, com os futuros jornalistas e com os mais novos na profissão, experiências que já viviamos - os que trabalhavam nos Estados Unidos e aqueles que, como eu, eram apenas estudantes aplicados e interessados na comunicação eletrônica instantânea - naqueles anos 1970 e 1980.
Sei que, hoje em dia, temos jovens profissionais muito bem preparados para o disputadíssimo mercado de trabalho. Creio que, textos como este - sem nenhuma pretensão acadêmica -, podem servir para levar aos mais jovens um pouquinho da experiência adquirida ao longo dos anos. Lembrando sempre, no entanto, que a cada dia que passa, aprendemos um pouco mais na nossa profissão.
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