CPMI deve investigar tucano de Minas Gerais
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CPI amplia quebra de sigilo para investigar tucano de Minas Gerais
BRASÍLIA - A CPI dos Correios aprovou ontem a ampliação da quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico das empresas de Marcos Valério Fernandes de Sousa e sua mulher, Renilda. As investigações serão feitas a partir de 1997. A quebra anterior de sigilo fora pedida a partir de 2000. A CPI quer levantar as movimentações financeiras que o empresário teria feito em 1998, em favor do PSDB de Minas Gerais.
Segundo denúncias, Marcos Valério teria destinado recursos para a coligação chefiada à época pelo ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), que tentava a reeleição. Ele é presidente nacional do PSDB. A CPI votará na terça-feira requerimento pedindo sua convocação. O ex-governador afirmou que vai comparecer espontaneamente à comissão.
A campanha para reeleição de Azeredo teria recebido doações da agência de publicidade SMPB, de Marcos Valério. O tucano afirma que não foi informado dos recursos: “Minha prestação de contas é totalmente regular, dentro da orientação que sempre passei aos meus assessores”. O ex-presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e um dos coordenadores da campanha do então governador, Carlos Eloy Guimarães, lavou as mãos. Ele também disse desconhecer as doações da SMPB. “Eu não soube de empréstimo algum e muito menos de doações”, garantiu.
Azeredo lidera gastos e doações de campanha
A SMPB já admitiu ter feito doações não-oficiais a partidos desde 1996, mas sem citar quais. Azeredo foi o candidato que apresentou a prestação de contas com gastos e doações mais elevados entre os que disputaram a eleição em 1998 para governador de Minas. Foram declarados R$ 8.555.878,97, três vezes mais do que o vencedor da disputa, Itamar Franco (PMDB), R$ 2.880.422,08.
Assinaram o requerimento para a ampliação da quebra do sigilo os deputados Jorge Bittar (PT-RJ) e Maurício Rands (PT-PE) e o senador Sibá Machado (PT-AC).
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