A crise não quer parar
Acompanhei ao vivo, do início ao fim, com áudio gerado pela Rádio Independente, em cadeia com a Rede Jovem Pan Sat. As imagens foram da TV Senado e Globo News.
É impressionante o que acontece no Brasil. Os saques de grandes somas em dinheiro vivo, "cash", são fenomenais.
O Banco Rural aparece como o grande fornecedor de dinheiro, por meio da sua agência em Brasília, onde supostamente pessoas ligadas aos pagamentos do mensalão faziam suas retiradas.
A CPMI dos Correios ficou mais de 14 horas ouvindo uma pessoa - o ex-tesoureiro Delúbio Soares - que, munida de uma habeas corpus, limitava-se a falar apenas o que fosse conveniente a ele próprio, e a ninguém mais.
É evidente que, num Estado Democrático de Direito - que graças a Deus temos em vigência no Brasil - o habeas corpus é uma garantia legal à disposição do cidadão, que não pode ser obrigado a falar ou produzir provas contra si próprio.
Mas, então, para que tanto trabalho ontem (20), na CPMI dos Correios?
O presidente, senador Delcídio Amaral (PT-MS), quer tomar medidas legais, em conjunto com autoridades do Poder Judiciário, para impedir novos depoimentos como o de ontem.
Neste momento, no Senado, o líder da oposição Arthur Virgílio (PSDB-AM), usa a tribuna para discursar e atacar o tipo de situação vivida ontem em Brasília, durante o depoimento de Delúbio Soares. É aparteado por vários senadores, todos revoltados e inconformados com o comportamento do ex-tesoureiro do PT.
Documentos estão sendo analisados criteriosamente na sala onde funciona o quartel-general da CPMI dos Correios, longe dos holofotes, câmeras e microfones da imprensa.
O Brasil acompanha, perplexo. O povo comenta nas ruas.
O que virá por aí?
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home