Delcídio diz que "não há como abafar nada"
Foi uma referência direta à CPMI presidida por ele no Senado.
Também usando o francês, Delcídio declarou que "chamar a CPMI de 'chapa-branca' é 'démodé', ou fora de moda".
O blog acrescenta, ao adjetivo "démodé", o também francês "dépassé", que tem o mesmo significado.
Leia abaixo a notícia, na íntegra, publicada pela Agência Senado :
Em entrevista na manhã desta sexta-feira (1), o presidente da comissão parlamentar mista de inquérito dos Correios, senador Delcidio Amaral (PT-MS), destacou que a imprensa tem comprovado como as investigações da CPI têm sido isentas e disse que está muito claro que "não há como abafar nada". Para o senador, chamar a CPI de "chapa branca" (porque a presidência e a relatoria estão ocupadas por governistas) é "démodé".
Delcidio confirmou que está mantida a agenda da CPI para a próxima semana e informou que, na segunda-feira (4), haverá uma reunião sobre os próximos passos da comissão. Ele comentou que, por enquanto, não há previsão de novos depoimentos ou possíveis acareações. Segundo o senador, a comissão deverá analisar agora as notas taquigráficas, as gravações e os documentos recebidos para decidir que caminho as investigações deverão seguir.
-Vamos trabalhar com isenção, bom senso e equilíbrio. Estamos seguindo o encaminhamento natural de investigação, ouvindo pessoas que tenham envolvimento direto com os Correios. Se começarmos a dar tiro para todo lado, acabamos não investigando absolutamente nada - disse.
A previsão da semana da CPI é a seguinte: na terça-feira (5), serão ouvidos os "arapongas" Jairo Martins, José Fortuna Neves, Edgar Lange e Casser Bittar, envolvidos na gravação da fita que deu início às investigações e mostra flagrante do ex-chefe de departamento dos Correios Maurício Marinho recebendo suposta propina de R$ 3 mil; na quarta (3), será a vez do publicitário Marcos Valério e da ex-secretária dele, Fernanda Karina Sommaggio.
Marcos Valério é acusado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser o operador do mensalão. Delcidio destacou, no entanto, que o motivo da presença de Marcos Valério na CPI não é o mensalão, mas sim os contratos que as empresas do publicitário tinham com os Correios. Sobre o depoimento do deputado Roberto Jefferson no último dia 30, Delcidio afirmou que foi "contundente", como esperado.
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