Jefferson é aplaudido no início e no fim do programa do Jô

O deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) foi muito aplaudido pela platéia do programa do Jô, na Rede Globo de Televisão, tanto no início, ao ser anunciada a sua presença, quanto no fim.
Ele encerrou a sua entrevista cantando "Nervos de Aço", de Lupcínio Rodrigues, acompanhado pelo sexteto de músicos.
Jefferson repetiu todas as denúncias que já havia feito anteriormente, ressaltando que no governo Collor, o então tesoureiro da campanha do "Caçador de Marajás" chegou a movimentar, no ápice do esquema montado para arrecadar dinheiro, R$100 milhões.
Hoje, ressaltou Jefferson, apenas um dos operadores do PT, o publicitário Marcos Valério, já tem R$500 milhões registrados como movimentação financeira em sua contas bancárias.
O deputado afirmou que "a Câmara do mensalão não tem moral para cassar o meu mandato".
Ele confirmou ao apresentador Jô Soares que esteve na tarde de ontem (5) com promotores de Justiça para conversar sobre o caso do assassinato do prefeito de Santo André, em São Paulo, Celso Daniel. Para Jefferson, existem denúncias, principalmente de um irmão do ex-prefeito, que apontam para um crime político, pois Daniel teria determinado que fosse cortado o esquema de arrecadação de dinheiro pela prefeitura, para financiar campanhas políticas do PT, por meio de empresas de coleta de lixo.
Leia abaixo a letra da canção "Nervos de Aço", de Lupcínio Rodrigues, interpretada no fim da entrevista pelo deputado federal Roberto Jefferson, que apontava o próprio peito quando cantava o trecho "Há pessoas de nervos de aço" :

"Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
Ter loucura por uma mulher
E depois encontrar esse amor, meu senhor
Nos braços de um outro qualquer
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
E por ele quase morrer
E depois encontrá-lo em um braço
Que nem um pedaço do seu pode ser
Há pessoas de nervos de aço
Sem sangue nas veias e sem coração
Mas não sei se passando o que eu passo
Talvez não lhes venha qualquer reação
Eu não sei se o que trago no peito
É ciúme, despeito, amizade ou horror
Eu só sei é que quando a vejo
Me dá um desejo de morte ou de dor"