Valério movimentou recursos no BRADESCO
O levantamento realizado pelo Conselho de Acompanhamento de Atividades Financeiras (Coaf) e entregue à CPMI dos Correios, comprova que o BRADESCO seria o terceiro banco - além do Rural e Banco do Brasil - com movimentações financeiras feitas pelo publicitário Marcos Valério.
Seriam essas as "novas pessoas" envolvidas na crise, conforme disse ao blog o senador Delcídio ?
O depoimento de Marcos Valério à CPMI, amanhã, a partir das 8 horas (Hora MS), será imperdível, e terá transmissão da Rádio Independente de Aquidauana, em cadeia, via satélite, com a Rede Jovem Pan Sat, que o leitor poderá acompanhar pela internet.
Leia abaixo, na íntegra, reportagem publicada no site UOL :
Empresa de Valério movimentou recursos também no Bradesco
Por Natuza Nery
BRASÍLIA (Reuters) - Um segundo relatório enviado nesta terça-feira pelo Conselho de Acompanhamento de Atividades Financeiras (Coaf) à CPI dos Correios mostrou o banco Bradesco como uma terceira instituição, ao lado dos bancos Rural e do Brasil, a registrar movimentações financeiras expressivas de empresas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza nos últimos meses.
Valério é apontado em denúncias como operador do suposto esquema de pagamento de mesadas a parlamentares da base aliada em troca de votações no Congresso.
Segundo deputados e senadores que tiveram acesso ao novo relatório e falaram à Reuters sob a condição de anonimato, o levantamento do Coaf contém cinco anexos com as movimentações financeiras do publicitário, de sua mulher, Renilda Souza, e de três empresas ligadas a ele, a DNA Propaganda, a SMPB Comunicação e a Estratégica Comunicação.
Apesar dos esforços da secretaria da comissão para manter as informações sob sigilo, cópias à mão feitas por alguns membros da comissão que tiveram acesso ao relatório mostram que o Bradesco comunicou ao Coaf movimentações financeiras em espécie a partir de contas da SMPB Comunicação. Essas movimentações aconteceram entre 1º de julho de 2004 e 13 de junho deste ano e somaram R$ 5,5 milhões.
Procurado para comentar essas informações por meio de sua assessoria de imprensa, o Bradesco comunicou que "cumpre rigorosamente as regras de informar o Banco Central sobre operações de retiradas realizadas em dinheiro".
O banco também declarou que "havendo algum fato que esteja sendo foco de investigação pública, tomamos a iniciativa de informar a movimentação bancária às autoridades, mesmo sem indício de irregularidade".
O primeiro relatório do Coaf já relacionava movimentações feitas por meio do Banco Rural e do Banco do Brasil. O novo relatório também presta algumas informações sobre movimentações feitas por empresas de Valério em contas nesses dois bancos, mas fontes ouvidas pela Reuters não souberam informar se essas informações se misturam às já reportadas no primeiro relatório ou se são adicionais.
Segundo relato de parlamentares, o novo relatório informa que a SMPB movimentou pelo Banco do Brasil, entre 1999 e 2005, um total de R$ 419,2 milhões. No mesmo período, foram depositados em contas da DNA Propaganda no Banco do Brasil R$ 836 milhões.
Os saques em dinheiro nas contas da DNA no Banco Rural e no Banco do Brasil somam R$ 4,5 milhões, desde julho de 2003, quando a comunicação de operações acima de R$ 100 mil tornou-se obrigatória. Nos mesmos dois bancos, contas em nome da SMPB registraram saques num total de R$ 16,8 milhões.
Segundo os parlamentares que leram o levantamento do Coaf, os saques em espécie efetuados nestas contas destinavam-se principalmente ao pagamento de fornecedores.
(Com reportagem adicional de Marcelo Mota, em São Paulo)
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