Jornal do Brasil: Briga de empresas engordou contas
Leia abaixo:
Briga de empresas engordou contas
Teles controladas pelo banqueiro Daniel Dantas contribuíram para o caixa 2 do PT, em troca de apoio na disputa com fundos
Marcelo Kischinhevsky
A versão oficial de que todo o dinheiro movimentado nas contas das agências de publicidade SMPB e DNA e de seu dono Marcos Valério seria para financiamento de campanhas eleitorais começa a ser desmontada. Entre as empresas cujas doações vêm sendo rastreadas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, estão duas empresas controladas pelo banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity: Telemig Celular e Amazônia Celular, que detêm, juntas, 5,6% do mercado nacional de telefonia móvel.
A suspeita de parlamentares é que o dinheiro sem registro tenha como objetivo angariar apoio do governo para desatar o nó societário envolvendo a Brasil Telecom (BrT). Dantas divide o capital da BrT com Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), Citigroup e Telecom Itália. Os sócios da operadora de telefonia fixa das regiões Sul e Centro-Oeste viviam brigando desde a privatização. O Opportunity, graças a acordo com Citi e fundos (Previ à frente), geria a empresa, embora tivesse participação minoritária.
Num lance surpreendente, Dantas anunciou há dois meses a venda de sua fatia na BrT aos italianos pelo triplo do valor de mercado. Paralelamente, Citi e Previ fecharam acordo secreto, estimado em R$ 1 bilhão, pelo qual o fundo se comprometia a comprar a parte do banco americano no negócio. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ontem, Henrique Pizzolato, ex-diretor do BB, levantou suspeitas sobre o contrato, sustentando que foi selado sem debate no Conselho de Administração.
O ex-diretor do BB cita a assessoria prestada à Previ pela Angra Partners, firma criada em fevereiro de 2003, logo no início do governo Lula. A consultoria tem cinco sócios: Pedro Paulo de Campos (ex-diretor do Citi para a América Latina), Ricardo Knoepfelmacher (também ex-funcionário do banco), Alberto Guth, André Rizzi e Renato Carvalho.
Knoepfelmacher e Carvalho acabam de ser nomeados conselheiros da Futuretel, controladora da Telemig Celular e da Amazônia Celular, após a destituição do Opportunity da gestão da empresa. Ambos representam os fundos. Na mesma assembléia, outro acionista da Angra Parners, Alberto Guth, foi eleito diretor da Futuretel.
Para Guth, o acordo com o Citi foi feito ''no melhor interesse dos fundos'' (Previ, Funcef e Petros).
- Com a mesma participação minoritária, os fundos resgataram participação na cabeça das empresas, o que vinha sendo negado pelo Opportunity - enfatizou Guth ao JB, por telefone, de Atenas.
Não houve intuito, sustenta, de fechar acordo secreto, como sugere Pizzolato. Para ele, o preço está em linha com a acertada entre Telecom Itália e Opportunity para compra de fatia na mesma BrT.
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