Leia a reportagem da "Folha de S. Paulo", que cita Delcídio
Roberto Costa Pinho, que retirou R$ 350 mil da conta da SMPB, trabalhou na eleição ao Senado do presidente da CPI dos Correios Sacador coordenou campanha de Delcídio
HUDSON CORRÊA, LUIZ FRANCISCO - DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
O antropólogo Roberto Costa Pinho, que sacou R$ 350 mil da conta da SMPB, empresa que tem Marcos Valério como sócio, foi coordenador em 2002 da campanha eleitoral do senador Delcídio Amaral (PT-MS), presidente da CPI dos Correios. Delcídio também era o fiador de Pinho no aluguel de R$ 3.000 de uma casa em Campo Grande. O nome de Pinho foi citado por Marcos Valério, em depoimento à Procuradoria Geral da República, como indicado pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares para sacar dinheiro na SMPB.Há dois dias, a reportagem procura Pinho, mas não o encontra. Acusado de operar o "mensalão" e de repassar dinheiro para um caixa dois do PT, Marcos Valério é o principal investigado pela CPI presidida por Delcídio."Quem cuidou da minha campanha foi o [publicitário] João Santana, da Bahia. O primeiro que ele mandou para lá [Campo Grande] foi o Roberto Pinho. Na verdade, o João Santana é ligado ao [Antonio] Palocci [ministro da Fazenda]. O Palocci me apresentou o João", afirmou Delcídio. Em 2001, Pinho foi contratado por Palocci, então prefeito de Ribeirão Preto, para um projeto de urbanização. O Ministério Público investiga uso indevido de R$ 2 milhões nessas obras."Quando o pessoal da CPI me mostrou [o nome de Pinho entre os sacadores], eu não acreditei. É lamentável", acrescentou o senador. Segundo Delcídio, Pinho ficou no máximo dois meses na coordenação de campanha e saiu devido a um desentendimento. "Ele era muito lerdo", reclamou. Anteontem, Pinho apareceu em uma lista feita pela CPI com os sacadores de dinheiro da SMPB no Banco Rural. Conforme o documento, ele fez cinco saques de 22 de setembro a 17 de dezembro de 2003, totalizando R$ 350 mil. Empregado como coordenador de campanha de Delcídio, Pinho assinou contrato de aluguel de uma casa, em bairro nobre de Campo Grande, com o procurador do Estado José Barcellos Lima, em maio de 2002. O fiador foi Delcídio. Quatro meses depois, Pinho rescindiu o contrato e entrou com ação na Justiça para reaver R$ 3.000 que dera de caução. À Justiça, Pinho apresentou uma declaração na qual o senador afirma que ele "realizou trabalhos publicitários nas eleições de 2002". Delcídio afirma ainda no documento que, como fiador, adiantou R$ 21 mil para Pinho. Em junho passado, a Justiça condenou Pinho a pagar multa de R$ 9.000 pela rescisão do contrato. Ele recorreu e usa o senador como testemunha no processo. Até fevereiro de 2004, Pinho era secretário do ministro Gilberto Gil (Cultura). Foi demitido por supostas irregularidades em projetos culturais. Pinho iniciou a sua carreira política em 1985, em Salvador, quando Mário Kertész foi eleito prefeito da capital baiana.
Comentário do blog : Acabo de ouvir as explicações do senador Delcídio Amaral (PT-MS), pela Rádio Independente, no jornal "A Hora da Notícia", em cadeia com a Rede Jovem Pan Sat.
Na entrevista à nossa repórter da Rede, em Brasília, Delcídio afirma exatamente o que o blog publica aqui embaixo, baseado em notícia da Agência Senado.
Leitor, preste muita atenção no telegrama, publicado ontem (21), enviado ao blog pelo "papagaio falador", antiga e confiável fonte deste repórter.
Lembro que "PT", em telegramas, significa "ponto"; e "VG" quer dizer "vírgula", ok?
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