Mensalão : Começa o choro dos inocentes
De autoria de Ailton de Freitas, do Globo On Line, a foto do ex-bispo Rodrigues chorando mostra uma das reações que podem ser observadas neste Brasil pós-mensalão.
Leia abaixo a notícia distribuída pela Agência Câmara :
Rodrigues chora e desmente envolvimento no 'mensalão'
Laycer Tomaz
Carlos Rodrigues (D) disse que não ouviu falar de "mensalão" ou recebimento de propina por deputados.
Em depoimento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, o deputado Carlos Rodrigues (PL-RJ) desmentiu a acusação do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de que teria sido o iniciador do suposto esquema do "mensalão" para compra de deputados na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Emocionado, o deputado chorou ao lembrar sua deposição do cargo de bispo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) e interrompeu suas declarações por duas vezes. Carlos Rodrigues disse que nunca foi deputado estadual e que esteve na assembléia no máximo dez vezes, apenas em eventos comemorativos. O parlamentar do PL ressaltou que tampouco ouviu falar de "mensalão" ou recebimento de propina por deputados. Ele classificou a acusação de "absurda". Relação com o PTCarlos Rodrigues negou conhecer o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de ser operador do suposto esquema de pagamento de "mensalão" a parlamentares do PP e do PL, e o secretário-geral licenciado do PT, Silvio Pereira. O deputado fluminense admitiu ter se encontrado com o tesoureiro afastado do PT, Delúbio Soares, na época da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, em 2002. Rodrigues contou que esteve muitas vezes na sede do PT em São Paulo, juntamente com o senador Magno Malta (PL-ES), e os deputados Walter Pinheiro (PT-BA) e Gilmar Machado (PT-MG), para articular eventos evangélicos de apoio à candidatura de Lula. Depois disso, o deputado admitiu ter se reunido só uma vez com Delúbio, que pediu apoio da Igreja Universal do Reino de Deus ao candidato socialista da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) nas eleições do país africano.
Saída da Universal
O deputado chorou ao lembrar do episódio em que perdeu o título de bispo da IURD, por causa da suspeita de ter participado de esquema de arrecadação ilegal de recursos de publicidade da Loterj, quando a loteria do Rio de Janeiro era presidida por Waldomiro Diniz, que se tornou mais tarde assessor da Casa Civil. A sessão foi interrompida por duas vezes para que Rodrigues pudesse se recompor. Ele manifestou que guarda mágoa da igreja, por não ter recebido solidariedade ao ser acusado. "Na hora que precisei, deram-me as costas e me crucificaram", desabafou. O deputado lembrou que ajudou a construir a igreja. Ele afirmou que ainda assiste aos cultos da Universal aos domingos. "Eu me sento no último banco", lamentou. Sobre sua participação no caso da Loterj, ele destacou que foi inocentado pelo Ministério Público, que nem chegou a indiciá-lo.
A reunião continua no plenário 9.
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