Azeredo nega que seu governo tenha autorizado empréstimo de Marcos Valério
- Passo a demonstrar que o meu governo não avalizou nem deu anuência ao empréstimo tomado pela DNA ao Banco Rural - acrescentou, mostrando documentos aos integrantes da CPI.
Azeredo também negou que soubesse da existência de "caixa dois" em sua campanha e responsabilizou a coordenação da campanha à reeleição em 1998 pelos "aportes à movimentação financeira" destinados a candidatos a deputado e que não foram declarados.
- Permaneço com a consciência tranqüila de que me pautei pela lei e pela ética ao prestar contas da campanha com os fatos e documentos que eu conhecia - declarou, ressaltando que o Tribunal Regional Eleitoral aprovou as contas.
Segundo denúncias divulgadas pela imprensa, o governo de Azeredo teria garantido empréstimos tomados por Marcos Valério, que teria repassado dinheiro para campanhas durante a eleição de 1998. O senador disse que "isso seria no mínimo, uma insanidade ou algo inaceitável" e destacou que faltam fundamentos e existem "falhas de informação" nos documentos que baseiam as matérias.
Azeredo apresentou à CPI cópia do contrato de empréstimo, firmado em 19 de agosto de 1998, no valor de R$ 9 milhões, e destacou que os documentos publicados são cópias do "alegado termo de garantia", e não do contrato real. As assinaturas que aparecem no fac-símile da matéria, são, segundo o senador, "do aditamento de renegociação do empréstimo realizado no ano seguinte", em 1999, quando ele já não era mais governador de Minas Gerais. O senador ressaltou ainda que a garantia foi uma nota promissória, no valor de R$ 11,7 milhões, que tinha como garantidores os sócios da DNA Propaganda - Marcos Valério, Cristiano Paz e ainda Ramon Hollerbach.
- Está provado que meu governo não deu nem poderia ter dado garantia ao empréstimo - disse.
A campanha de Azeredo custou R$ 8.555.878,97 - a de custo mais alto entre as realizadas pelos candidatos a governador
- A mais alta, mas certamente não foi a campanha mais cara - afirmou.
Caixa dois
O senador Eduardo Azeredo disse ainda que o seu coordenador administrativo-financeiro da campanha de 1998, Cláudio Mourão da Silveira, enviou correspondência na sexta-feira (29), confirmando a entrega e a aprovação das contas no TRE e afirmando que, por sua própria iniciativa, tomou "decisões estratégicas" para fortalecer a campanha.
De acordo com o parlamentar, foi Silveira quem decidiu apoiar candidatos a deputado para fortalecer a campanha majoritária e pedir apoio da SMP&B para isso.
- Entendendo ainda que as referidas campanhas fossem fazer as prestações de contas, não as incluiu na prestação da campanha majoritária.
Azeredo lembrou que é preciso separar a questão das irregularidades de campanha das investigações sobre a prática da compra do voto de parlamentares, o mensalão. - Ninguém precisa fazer esforço de inteligência para logo perceber que se tenta na verdade desviar o foco da investigação das graves denúncias que envolvem setores do governo federal e seus partidos aliados - acrescentou.
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