Matador de rapaz apresenta contradições e surge suspeita de drogas
Eduardo Alves dos Reis, 21, armado com um revólver calibre 38, disparou cinco tiros que atigiram o rapaz, quando saía do clube.
Dois ouvintes, que preferiram não se identificar, garantiram que Evanilson estava urinando, já do lado de fora do Forrozão, quando foi atingido nas costas.
O matador confesso, Eduardo Alves dos Reis, preso depois de quase ter sido linchado por rapazes que também saíam do Forrozão, disse à repórter Loridane da Silva, da Rádio Independente, que estava armado quando saiu da casa, em Anastácio, onde estava hospedado há duas semanas. Ele garante que não entrou armado no Forrozão. Teria deixado o revólver "escondido num local distante duas quadras do Forrozão". Eduardo afirma que pegou a arma depois de ter sido agredido por uma turma que saía do Forrozão.
Os ouvintes do programa, que se identificaram como testemunhas do crime, garantem que ele já estava armado com o revólver 38, sacou e atirou nas costas do outro rapaz. Evanilson Velasques, atingido mortalmente, caiu no chão, com a barriga para cima e, usando talvez suas últimas forças, apontou para o atirador - ao mesmo tempo em pedia socorro e não era atendido por ninguém - gritando "foi ele, foi ele que atirou em mim".
Ainda de acordo com os dois ouvintes do Programa Armando Anache, foi nesse momento que muitos rapazes correram atrás do matador. Eduardo foi alcançado e passou a ser agredido. As duas testemunhas não sabem dizer o que aconteeu com o seu revólver.
Mas as versões apresentadas coincidem com a da polícia, que afirma ter efetuado a prisão em flagrante de Eduardo quando ele já estava caído, desmaiado, na varanda da casa onde se hospedava.
Nesta manhã, ouvido mais uma vez na delegacia de polícia de Aquidauana, onde permence preso depois de ter sido transferido da cela de Anastácio, Eduardo Alves dos Reis disse que estava hospedado na casa do seu cunhado, casado com a sua irmã que mora em Anastácio, cidade situada a 135 quilômetros a oeste de Campo Grande.
Ontem, em entrevista dada à mesma repórter Loridane da Silva, da Rádio Independente, Eduardo afirmou que "estava hospedado há duas semanas na casa de um amigo, em Anastácio, depois de chegar de Campo Grande".
Hoje, Eduardo disse que não sabe qual é o endereço do seu cunhado em Anastácio.
Ao mesmo tempo, os dois ouvintes do Programa Armando Anache, levantaram pelo telefone a suspeita sobre a possibilidade de Eduardo estar envolvivo com drogas, que poderiam ser comercializadas na casa onde ele se hospeda em Anastácio. As duas testemunhas do crime garantem que, na noite do sábado (30) e na madrugada do domingo (31), Eduardo estava com muito dinheiro nas mãos, "pagando cervejada para muitas mulheres numa mesa do Clube Forrozão".
As perguntas que ficam são: O que faz Eduardo? Qual é a sua profissão? De onde viria tanto dinheiro "cash", em espécie? Por que ele diz não saber onde fica a casa do seu cunhado? Por que ele saiu da casa onde estava hospedado, com destino ao Clube Forrozão, armado com um revólver calibre 38 que carregava na cintura?
A polícia informa que está investigando. O comandante da polícia militar de Aquidauana, major Godoy, retornou de férias ontem (1.º) e já foi informado dos acontecimentos. Garantiu que amanhã dará uma entrevista sobre o caso, falando inclusive sobre a presença de uma equipe da PM nas imediações do Clube Forrozão na madrugada do domingo (31), quando ocorreu o crime.
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