Cafetina não, promotora de eventos

Vejo no Jornal da Globo a entrevista do repórter Ernesto Paglia com a "promotora de eventos" Jeanny Mary Corner, citada na CPMI dos Correios.
Ela afirma, ao lado do seu advogado, que consulta várias vezes, que jamais foi cafetina, apenas uma "promotora de eventos". Garante que "a minha função era fornecer recepcionistas, se elas se engraçassem com alguém, isso era problema delas."
Durante o depoimento da diretora financeira da SMP&B, de Marcos Valério, o senador Demóstenes Torres perguntou se ela "conhecia uma cafetina chamada Jane". A resposta foi negativa.
O sócio de Marcos Valério disse, no seu depoimento à CPMI, que o empresário promovia festas com garotas de programa, para divertir parlamentares, em hotéis cinco estrelas de Brasília e com dinheiro da corrupção.

Comentário do blog: Será que o distinta empresária Jeanne Mary é apenas "promotora de eventos" mesmo? Não quero ofender. Apenas perguntar, como repórter "cricri", curioso e chato, como fala sobre mim o grande mestre e decano Sérgio Cruz, do "Primeira Hora Pantanal". Ela confirmou ao excelente jornalista Ernesto Paglia que tem mesmo a famosa agenda - citada durante a CPMI dos Correios e que, comenta-se em Brasília, os nomes que ali estão comprometem muitos "figurões da República" e, por isso, é mais temida do que a lista do "mensalão" - com "nomes de amigos e clientes".
Madre santa de Diós! E se ela resolver divulgar os nomes?
Rindo muito, acabo de relembrar com a minha mulher, uma das viagens que fiz a Brasília, no período de 1997 a 2000, quando fui vereador em Corumbá, na fronteira com a Bolívia (e não pretendo ser mais nada, nem posso e nem quero e tudo o mais e leia o fenomenal artigo de Stephen Kanitz na Veja desta semana, sobre esse tema).
Acompanhado do então vice-prefeito Sérgio Baruki, fiz várias visitas durante o intervalo para almoço, quando tratávamos da questão da hidrovia Paraguai-Paraná, no Ministério das Relações Exteriores. Numa delas, fomos tratar de um tema que sempre me atraiu: a criação de peixes em cativeiro. Lembro que, depois de tantos anos, atualmente as reclamações são muito grandes com relação ao sumiço dos peixes nos rios do Pantanal Sul.
Mas, voltando à viagem: Depois de um dia de muito trabalho, em Brasília, fui com o Sérgio ao shopping Gilberto Salomão, que não conhecia. Ali, saboreamos um chopinho. Sem avançar muito no horário noturno, retornamos ao hotel. Sem usar a tristemente famosa "diária para viagem", dividiamos um quarto, para diminuir as despesas. Era assim naquele tempo não muito distante.
Sem mordomias. Também sem acompanhantes ou "recepcionistas" da titia Jeanne.