Citar 'pessoa que já morreu' é técnica antiga
O depoente afirma que "quem me contou 'tal coisa' foi 'fulano de tal' que, infelizmente, já morreu." A partir daí, joga-se para cima do morto - e quem já morreu não pode ser inquirido para confirmar a informar - toda a responsabilidade pelo que está sendo revelado.
Não sei se consigo explicar bem ao(à) leitor(a) do blog, mas parece que é essa a técnica utilizada pelo advogado Rogério Tadeu Buratti no seu depoimento à CPMI dos Bingos, em Brasília.
O senador Leonel Pavan (PSDB-SC) pergunta se ninguém mais, além do seu amigo e ex-secretário de Fazenda de Ribeirão Preto, Ralf Barquete Santos, já falecido, poderia saber sobre o pagamento de propinas ao então prefeito Antonio Palocci e repasse de dinheiro dos bingos à campanha do então candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Buratti diz que ninguém mais sabe.
Assim, fica tudo entre ele, Buratti; e o amigo que já morreu. Como eu sempre ouvia em Pernambuco, nos anos de 1988 e 1989, durante entrevistas com delegados de polícia: --Morto está enterrado e não fala.
A Rádio Independente - em 1020 kHz, a mais potente do Pantanal Sul, com 10 kW - transmite o depoimento de Rogério Buratti ao vivo, direto de Brasília, via satélite, em cadeia com a Rede Jovem Pan Sat. Clique nos links ativos para ouvir pela internet.
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