Delcídio diz a “Época” que não deixa o PT e que não se elegeu com caixa dois
Delcídio diz a “Época” que não deixa o PT e que não se elegeu com caixa dois
Paulo Ricardo Gomes
A revista Época traz em sua edição deste fim de semana uma entrevista com o presidente da CPI dos Correios, Delcídio do Amaral. A revista revela alguns detalhes sobre as investigações realizadas pela Comissão que ainda não vieram a público, como o fato de assessores do senador terem sido sondados para “sumir” com documentos comprometedores da CPI.
Delcídio acredita que quem fez a proposta foram pessoas ligadas a parlamentares investigados. O senador revela que há muito tempo não fala com o presidente Lula, mas está sempre em contato com o ministro da Coordenação Política, Jacques Wagner.
Aos repórteres da revista, o senador revelou ainda que não usou caixa dois em sua campanha, que custou R$ 1,5 milhão, patrocinados por empresas de engenharia e pelo grupo Correio do Estado.
O senador diz que não pretende deixar o PT e reforça que tem planos de disputar o governo de Mato Grosso do Sul. “De novo: não penso em deixar o partido. O PT foi muito importante na minha vida. Devo muito à militância, às lideranças do PT. Quando o Zeca (do PT, governador de Mato Grosso do Sul) me convidou a disputar o Senado, foi o presidente Lula quem convenceu. Quem acha que está sofrendo no PT não sabe o que eu passei. O pessoal dizia que eu era peessedebista, peemedebista, pefelista. Entraram com recurso para impedir minha filiação no diretório municipal, depois no regional e, por fim, no nacional”, explicou.
A entrevista também traz uma lado mais íntimo do senador. Ele diz que não gostaria de ter assumido a CPI por causa da energia ruim que circula por lá. “As pessoas estão sofrendo aquela angústia e isso mexe comigo, com minha vibração. Fico pensando na família, nos filhos, sua vida é devassada completamente. Olhe o que aconteceu com as minhas filhas: a notícia de que eu estava sendo monitorado, seguido, foi parar na escola delas, os colegas levavam jornais para saber o que estava acontecendo”, disse.
O senador volta a falar ainda que tem dormido pouco, que sonha com discussões da CPI e que os pesadelos tem vivido acordado na maratona que enfrenta no dia-a-dia das investigações. Delcídio diz que ficou honrado por ser comparado com o Antônio Fagundes, revela ter saudades de sair a noite e diz que neste fim de semana vai ao show das Frenéticas em Campo Grande. “Eu vou aproveitar para fazer a minha rentrée. Eu amo muito sair à noite”, declarou.
Arquivo
O senador falou ainda sobre sua religiosidade “tenho santos por todos os lados”, disse, e sobre o controle rígido que sofre por parte da esposa, a quem trata na entrevista como Dona Maika. “A dona Maika (mulher do senador) não gosta e com isso eu não brinco. Costumo dizer que minha relação com ela é igual à de um jogador sul-americano habilidoso que vai jogar na Europa contra zagueiro viril. É marcação sob pressão, ela não deixa passar nada”, brincou.
Comentário do blog: O senador corumbaense e pantaneiro Delcídio Amaral (PT-MS) havia programado uma entrevista coletiva para amanhã (12), às 10 horas, em Campo Grande. Ela foi desmarcada há pouco, pela assessoria do senador, em Mato Grosso do Sul.
A justificativa - enviada ao blog e ao site Pantanal News, pelo colega jornalista Cadu Bortolot - é que, com a grave crise que assola o país (palavras minhas, do blog) o senador deverá permanecer em Brasília neste fim de semana.
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