Jefferson no Pantanal: Tentam transformar o repórter em réu
No "MS TV", a repórter Cláudia Gaigher - num material jornalístico perfeito - mostrou um restaurante de Anastácio, procurado por ela e sua equipe, onde a proprietária identificou-se como sendo a fonte deste blog.
Essa pessoa confirmou ter passado a informação publicada aqui no blog. Só que, agora, prefere não gravar entrevista à televisão, mas indica o advogado constituído por ela.
Ouvido pela repórter Cláudia Gaigher, o advogado disse há pouco, na edição do "MS TV", que a sua cliente é realmente a fonte deste blog - portanto a revelação e confirmação é dele, advogado; e da sua cliente, que se apresenta como minha fonte - mas nega que ela tenha dado entrevista confirmando a presença de Jefferson, ao lado de Marinho, no seu restaurante.
O advogado insinua que este repórter teria se enganado, se equivocado.
Não é verdade. Eu não me enganei nem me equivoquei. O advogado sim. Está sendo induzido ao erro por uma cliente descompromissada com a verdade dos fatos.
Entrevistei a pessoa - que agora, portanto, quebrou o compromisso do sigilo da fonte, pois de livre e espontânea vontade resolveu assumir que era a fonte do blog - e toda a entrevista era do seu conhecimento. Está gravada em fita. Ela se esqueceu disso, certamente, ao conversar com o seu advogado. Esqueceu também que a entrevista foi feita no restaurante, no terceiro encontro que tivemos, depois de eu ter insistido, várias vezes, depois da sua primeira afirmação, feita dias antes, se ela confirmava mesmo a presença do deputado Jefferson ao lado de Marinho, no seu restaurante.
Dei à minha entrevistada inúmeras oportunidades, em três encontros distintos, em dias diferentes, para que ela negasse ter visto o deputado fluminense em companhia do aquidauanense recebedor de propina nos Correios. Ela manteve, séria e da maneira incisiva - firme e forte, sem demonstrar nenhum tipo de dúvida - a informação que havia passado a mim em dois encontros anteriores.
Resolvi, então, depois de consultá-la, gravar uma entrevista no encontro de 30 de junho. No interior do restaurante, que não tem paredes, e em frente à uma mesa, sobre a qual coloquei a revista Veja, edição 1911, de 29de junho de 2005; mostrando a ela várias fotos de Jefferson e de Maurício Marinho.
Perguntei várias vezes se era mesmo o deputado Roberto Jefferson. Todas as respostas foram afirmativas, sem medo, sem dúvida, sem titubear, com muita firmeza. Tentei até assustá-la (veja a transcrição da entrevista aqui no blog, em 30 de junho e em 4 de agosto, clicando AQUI), dizendo que "o deputado Jefferson é advogado criminalista, excelente tribuno no Tribunal do Júri e muito bravo; podendo desmenti-la, afirmando que a senhora está mentindo..."
Mais uma vez ela disse: "(Falando firme, com a voz um pouco mais elevada) Eu vi, eu lhe vi ! E pronto ! É isso aí que eu vou dizer. Eu vou falar prá ele que eu vi e eu vi mesmo. Por que é que eu vou mentir? Eu não tenho necessidade de mentir! Eu vi e acabou!"
Portanto, ela sabia que estava gravando entrevista. O meu gravador não é oculto em mala tipo "007" nem escondido dentro da minha roupa. É um gravador normal, com fita cassete, do tipo utilizado em todas as emissoras de rádio e a sua imagem apareceu na televisão Morena, que levou ao ar esse trecho da entrevista.
A fonte tenta - não sei quais os motivos que a levam a isso - negar o que afirmou categoricamente e está gravado.
O blog mantém o que foi publicado. Se alguém faltou com a verdade, não fui eu.
O advogado da fonte, ouvido por mim, disse que realmente a pessoa revelou ser a minha informante, de livre e espontânea vontade, também a ele. Já havia feito isso à colega repórter Cláudia Gaigher, da televisão Morena, na tarde de ontem (5).
Este repórter e blogueiro manteve, portanto, o compromisso feito no tocante ao sigilo da fonte, quebrado agora pela pessoa responsável pelo restaurante.
Como fez a mesma revista Veja no caso do ex-presidente do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), Lídio Duarte, que passou a informação de que havia pedido demissão "por não suportar mais cobranças do PTB para que recolhesse mensalmente R$400 mil para o partido. Em junho, em depoimento à Polícia Federal, Duarte negou as pressões. Dois dias depois, VEJA publica gravações que mostram que o ex-presidente do IRF mentiu à PF" (Veja, edição 1909, de 15 de junho de 2005, página 55, reportagem "Muitos escândalos, pouca explicação").
A história se repete, agora, aqui no Pantanal.
O advogado da dona do restaurante, que afirma ter visto Jefferson com Maurício Marinho, é, coincidentemente, primo do grande amigo aqui do Pantanal citado pelo deputado federal fluminense, na CPI do Mensalão, quando questionado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), informou conhecer o Pantanal e ter ficado hospedado com o pecuarista e amigo "Totó", que conhece desde os anos 1970.
A fita com a entrevista está em meu poder e, se possível, deixarei o áudio à disposição também dos leitores do blog, para que ouçam e tirem as suas conclusões.







![[PROERD] www.proerd.com.br](http://www.proerd.com.br/botao.gif)








0 Comments:
Postar um comentário
<< Home