No Brasil do mensalão, "quem não tem colírio usa óculos escuro"
Depois da pirâmide invertida, ou "nariz-de-cera", ambos permitidos neste blog, vou ao que interessa: Aguardo a chegada, a partir das 8 horas (Horádio de Mato Grosso do Sul), no estúdio "A", no ar, da Rádio Independente, de uma ouvinte que me telefonou ontem, durante o Programa Armando Anache, que apresento das 8h05 às 10h15, de segunda-feira a sábado.
Ela mora em Anastácio, cidade que faz limite com Aquidauana, que fica situada a 135 quilômetros a oeste de Campo Grande. São cidades irmãs, ligadas pelo rio Aquidauana, que o deputado Bob Jefferson disse conhecer, no seu depoimento de ontem.
Essa cidadã brasileira e anastaciana tenta, há meses, desde o ano passado, conseguir auxílio dos órgãos públicos, principalmente da secretaria de saúde de Anastácio, e da própria prefeitura, para adquirir um tipo de colírio especial, importado, para usar nos olhos que sofreram glaucoma.
Ela é deficiente visual e me informou ontem que só tem 10 por cento da visão.
No Brasil dos milhões de reais do mensalão e do cuecão recheado com dólares da corrupção, Valquiria Maria Artur, 35, precisa de R$15o para comprar o colírio. Ela não tem esse dinheiro. Na prefeitura de Anastácio, onde o prefeito Valério - professor Cláudio Valério (PTB) - ganha por mês, um vencimento de R$9,6 mil, informam à essa cidadã brasileira que "não é possível conseguir o colírio, pois não existe verba na secretaria de saúde."
É o que ela me informou ontem. Neste momento - 7h57 em Mato Grosso do Sul - Valquiria está no carro de reportagem da Rádio Independente, conhecido como "Vermelhinho da Independente", ao lado da repórter Loridane da Silva, vindo para o estúdio, onde já estou e aproveito para escrever aqui no blog.
Vamos tentar conseguir o colírio de Valquíria. Talvez algum ouvinte bondoso faça uma doação de R$150, que é a quantia suficiente para um mês de uso do precioso remédio.
São R$150 por mês, num país onde milhões de reais são torrados na corrupção. Ou, como eu disse no ar, ontem de manhã, quando conversava com Valquíria, pelo telefone e ao vivo: "__ Neste Brasil brasileiro, do mensalão e do cuecão de dólares, quem não tem colírio usa óculos escuro."
É triste. Pode ser sarcástico. Talvez, humor negro. Mas é o Brasil real onde vive o nosso povo trabalhador, que não tem direito ao mensalão da corrupção.
O que é mais chocante?







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1 Comments:
Aff... o tipo de gente q faz d tudo pra aparecer... Agora vem com essa de que a fonte não quer ser revelada...
Conseguiu seus 15 min de fama. Pena que com imprensa marrom.
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