O Globo Online: CPI atrapalha CPI
CPIs sobrepõem trabalhos e repetem depoimentos sobre os mesmos assuntos
Agência Brasil, TV GloboBRASÍLIA - A votação de requerimentos semelhantes em diferentes CPIs provocou discussões na comissão que investiga denúncia de corrupção nos Correios. O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), reconheceu na quinta-feira, dia de votações de requerimentos, que há sobreposição dos trabalhos das comissões e que há equívocos que precisam ser superados com o realinhamento dos trabalhos. É exatamente para colocar ordem na Casa que os presidentes e os relatores das CPIs foram chamados para uma reunião com o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) na próxima terça-feira. - A CPI dos Correios tem um foco claro que são os Correios e a movimentação financeira do senhor Marcos Valério, focada nas origens. E nós estamos vendo requerimentos sendo aprovados em outras CPIs que estão ligados às origens - disse o presidente da CPI dos Correios. Delcídio acredita que a comissão dos Correios deve investigar a origem dos recursos do empresário Marcos Valério, que poderiam ter abastecido o suposto esquema de mesadas a parlamentares, enquanto a CPI do Mensalão deve apurar o destino desses recursos. Segundo ele, a "desordem" pode atrapalhar as investigações. - Acho que algumas pessoas têm, efetivamente, interesse em que transformemos tudo em uma grande desordem. E aí ninguém vai ser punido. O senador se refere à decisão da CPI dos Bingos de aprovar a convocação do doleiro Antônio Claramunt, o Toninho da Barcelona, ouvido por um grupo de membros da CPI dos Correios em viagem a São Paulo e também convocado para depor na CPI. A data será marcada em reunião conjunta com os presidentes das demais CPIs que também vão ouvir o doleiro e do secretário de Segurança de São Paulo, Saulo Queiroz. Toninho diz ter feito troca de dólares para integrantes do PT.
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Comentário do blog: A vaidade humana sempre aparece, mais cedo ou mais tarde. Na política, então, nem se fala! (no blog a exclamação é permitida, ok?). A vontade de aparecer sob os holofotes da imprensa, muitas vezes se sobrepõe aos verdadeiros interesses do país, que vive uma gravíssima crise. As CPIs, neste momento, têm o dever de apurar tudo, com provas irrefutáveis, para que o relatório final possa ser, de fato, aproveitado pelas autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público. É bom lembrar sempre que a CPI não pune, não julga, não condena. Apenas levanta e apura "fato determinado" em cada uma delas - nos casos, corrupção nos Correios, nos Bingos e o esquema do Mensalão - para, em seguida, redigir o relatório final que deverá ser enviado, como já escrevi, ao Ministério Público, que poderá ou não oferecer denúncia contra os acusados. Por isso há a necessidade de se obter o máximo de provas, que sejam necessárias e suficientes para a condenação dos envolvidos em corrupção.
As "Vossas Excelências" têm que se preocupar menos com o show e mais com a obtenção de provas contundentes. Só isso. Caso contrário, a desmoralização será inevitável.
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