Revista Veja: O doleiro do PT quer contar tudo
"Preso, Toninho da Barcelona, doleiro do PT, quer contar tudo na CPI."
Espero que o colega Policarpo não sofra as perseguições que sofri aqui neste maravilhoso Pantanal. Ou melhor, tenho certeza de que não sofrerá. Afinal de contas, ele trabalha numa empresa gigante. Isso é que é bom no jornalismo investigativo.
Por isso penso em voltar aos grandes centros. Talvez, quem sabe, um dia, não é mesmo?
A pergunta de sempre é a mesma: Como é que candidatos, em campanhas políticas, podem manter relacionamento com doleiros, que exercem uma atividade ilegal? Como é que pode? Ou não pode, hein? E se for doleiro que "lava" dinheiro para traficante internacional de drogas, com relações íntimas com as FARCs, na Colômbia? Aí pode? Quando falei sobre isso, aqui no Pantanal, tentaram simplesmente acabar comigo. É nesses momentos que eu sinto falta de uma grande estrutura por trás, garantindo o trabalho do jornalista. Aqui neste interior, no Pantanal, a coisa é muito "barra pesada" para quem faz jornalismo investigativo, caro leitor. Quando não conseguem matar o repórter "cricri" e "irritante", como escreveu sobre mim o grande jornalista de Mato Grosso do Sul, Sérgio Cruz - e eu só posso agradecer pelas palavras do grande mestre e decano -; essas pessoas tentam pegar o jornalista de outras maneiras. É fogo, mas como canta o grande Chico Buarque de Holanda, "a gente vai levando, a gente vai levando ..."
Publico aqui embaixo um trecho da reportagem do colega Policarpo Júnior:
Brasil
Ele quer contar tudo
Policarpo Junior
REVELAÇÕES QUE VEM DO CÁRCERE
Preso em Avaré, no interior de São Paulo, numa penitenciária de segurança máxima, o doleiro Toninho da Barcelona escreve aos seus familiares. Conta que sua vida virou um inferno desde que revelou que conhecia o esquema de remessas de dinheiro do PT ao exterior. Nas cartas, ele narra maus-tratos na prisão, diz que tem medo de morrer e que nunca depôs no Congresso por orientação do petista José Mentor.
Para ler a notícia completa, o assinante de Veja ou do UOL clica AQUI
3 Comments:
Caro Armandinho, o que me entristece nessa história toda é que a Veja tem grande poder de fogo junto às classe média e alta, mas não o tem junto às classes C,D, E, F, G, H, I etc (Êta injusta sociedade de classes que também me entristece!!!). Portanto, seu poder mobilizador se dá de cima pra baixo, num processo informativo que é muito mais lento que o poder das Organizações Globo. Esta, sim, tem penetração em todas as camadas sociais, mas infelizmente não está com a mesma combatividade da Veja. Se estivesse, acho que Lula já teria caído. O que você acha? Você, que já trabalhou lá, tem alguma opinião formada sobre esse estranho comportamento da Vênus Platinada? Pode responder em off, aqui na coluna dos comentários ou via e-mail. Confie em mim. Eu não sou o Diogo Mainardi. Shallon!!!
Caro leitor Geraldo (hoje comentei com a minha mulher que você estava sumido, ok?),
Posso responder "on the records", sem problemas, ok? Vamos lá: Não tenho procuração nem autoridade para falar em nome deste ou daquele meio de comunicação de massa (a não ser deste blog, o site Pantanal News e a Rádio Independente). Mas, pelo que me lembro do IBOPE, cujas pesquisas recebia na Globo Recife, ao lado do colega Marcos Souza, o que acontece nesses casos é um efeito cascata. Simples: os "formadores de opinião" são informados sobre o que acontece no mundo real dos fatos - perdão pelo pleonasmo vil - e, em seguida, "espalham" a notícia para os demais segmentos da sociedade. Simples, não? É isso! Lembro, ainda, que revistas e jornais não dependem de concessão pública, como as rádios e televisões. Portanto, ao contrário destes, os integrantes da mídia impressa têm mais "liberdade" e "financiadores, por meio de publicidade legal e normal" do que a mídia eletrônica.
Será que expliquei bem? Mas não se esqueça deste detalhe: a Época publica e a Veja idem, e os meios eletrônicos divulgam as reportagens, ok?
Abraços do
Armando de Amorim Anache (Armandinho) - Jornalista, com perfil muito generoso no www.comunique-se.com.br
Caro Armandinho, obrigado pela aula de mídia. Realmente, você tem razão. Não tinha atentado para o fato de que a mídia impressa independe de concessão pública e, portanto, tem muito mais liberdade. Quanto ao pleonasmo, nem sempre ele se apresenta como vil. No seu texto ele aparece com justificável função retórica. Shallon!!!
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