A Agência Câmara, com foto de Edson Santos, informa que, no início do seu depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Compra de Votos, o presidente do PL, ex-deputado Valdemar Costa Neto, comparou a aliança com o PT na eleição presidencial com um “casamento” e afirmou que não houve propriamente uma transferência de recursos, mas uma gestão conjunta dos recursos de campanha. Ele disse que se trata de um acordo perfeitamente normal. Para demonstrar que o acordo era público, mostrou reportagem publicada pela Folha de S.Paulo em junho de 2002 sobre a possibilidade de contribuição financeira do PT às campanhas do PL. Valdemar reafirmou que recebeu R$ 6,5 milhões do PT (não R$ 10 milhões, como foi divulgado), afirmando que tem recibo de R$ 1,7 milhão. Ele disse que todos esses recursos foram gastos na campanha de Lula em São Paulo, no segundo turno, em razão do mau desempenho do candidato petista naquela cidade. O presidente do PL reafirmou o que havia dito em entrevista à revista Época, que precisou do apoio financeiro do PT por causa da decisão do Tribunal Superior Eleitoral de “verticalizar” as coligações – ou seja, os partidos eram obrigados a repetir nos estados a aliança feita em nível federal. Diante disso, o PL ficaria sem condições de eleger muitos candidatos nos estados e perderia as verbas do Fundo Partidário, por não conseguir o mínimo necessário de votos (5% dos votos da Câmara dos Deputados).
O depoimento prossegue na sala 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.
A
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Rede Jovem Pan Sat. O(a) leitor(a) pode clicar nos links ativos, acima, e ouvir o som pela internet.
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