Delcídio anuncia prorrogação do prazo de funcionamento da comissão
- Não vou compactuar com esse tipo de manobra - disse Delcídio.
Manobra
A oposição também protestou contra o que chamou de "manobra da base governista", que serviria para esvaziar a reunião da CPI, evitando, assim, a aprovação de requerimentos como o que pedia preferência para votar a convocação do presidente da empresa de engenharia GDK, César Oliveira, do presidente da Petrobras, José Sérgio de Azevedo, e do diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrella. Eles seriam chamados para explicar as acusações de superfaturamento em contratos.
Segundo o deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS), a base aliada quer impedir o ressurgimento do "escândalo da Land Rover" - numa referência ao "presente" dado pela GDK ao ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira.
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) refutou a acusação de que o governo tenha promovido o "esvaziamento" da reunião e afirmou que a oposição impede o avanço dos trabalhos com os "insistentes" pedidos de preferência que têm sido apresentados nas últimas reuniões administrativas.
Prejuízos
Com a suspensão da reunião, a agenda que havia sido preparada pelo relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), ficou prejudicada. Ele pretendia trazer "novos elementos" às investigações documentais que a comissão vem fazendo, como informações a respeito das franquias dos Correios - ninguém da área foi ouvido até o momento - e dos contratos de obras, o que, de acordo com Serraglio, dirigiria o foco das investigações, ou seja, começaria a indicar as origens dos recursos que passaram pelo "propinoduto".
- Há mais de 20 dias estamos sem aprovar nada, não nos deixam aprovar as coisas mais elementares - lamentou o deputado.
Outro requerimento que estava na pauta para ser aprovado era o que determinava o depoimento do doleiro Dário Messer, acusado por Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, de ser "o doleiro do PT".
O sub-relator de Fontes Financeiras da CPI dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), revelou ter recebido parte da documentação apreendida na casa de Marco Túlio Prata, irmão de Marco Aurélio Prata, contador do empresário Marcos Valério. Segundo Fruet, os documentos divergem dos apresentados por Valério em seu depoimento à CPI e, inclusive, o suposto empréstimo feito para o PT não aparece nos registros.
- Ele não emprestou o dinheiro para o PT, foi apenas o intermediador - disse.
As informações são da Agência Senado.
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