Suplicy critica Virgílio por ameaças contra Lula
- Fiquei chocado com as palavras do líder do PSDB. Será essa a melhor maneira de procedermos? Será que poderá um deputado ou um senador dizer que vai dar uma surra física no presidente da República? - questionou, em tom de protesto, Eduardo Suplicy.
Ele citou o filósofo francês Voltaire quando este se refere à necessidade de sacrificar a própria vida, sefor preciso,para garantir ao outro o direito de se expressar, mas acusou Arthur Virgílio de ter agido com "destempero".
Diversos senadores apartearam Suplicy, alertando-o de a "surra" a que Arthur Virgílio se referia era uma figura de retórica, própria do seu estilo agressivo. O senador Demóstenes Torres (PFL-GO) insistiu que "em nenhum momento o líder do PSDB afirmou que surraria o presidente".
Já a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) assegurou que Suplicy tem autoridade moral para cobrar mais ponderação ao senador pelo Amazonas. Ela lembrou que, em vários momentos, quando ainda pertencia ao PT, seu estilo belicoso foi criticado pelo colega. No entanto, a senadora Lúcia Vânia considerou que Suplicy teria feito melhor se tivesse comunicado ao Plenário quais as providências tomadas pelo governo em face das denúncias apresentadas por Arthur Virgílio.
Nesse sentido, o corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP) esclareceu que, ainda na véspera, havia comunicado as denúncias feitas por Arthur Virgílio ao diretor-geral da Polícia Federal e mandado ofício pedindo para que ele ouça a Gilmar Reis Barbosa, que foi a pessoa a quem o discurso se referia.
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) esclareceu que as notas taquigráficas com a fala do líder do PSDB "foram retiradas para revisão". Ela manifestou sua confiança de que na revisão o senador pondere sobre a força de expressão que apareceu como expressão de força".
Os senadores Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e Álvaro Dias procuraram advertir Suplicy para o desconforto que Arthur Virgílio deve ter experimentado ao verificar que sua proporia família estava sofrendo ameaças em "punição" pelas posições políticas tomadas por ele, Arthur Virgílio. Mesmo assim, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) justificou os termos do líder do seu partido ao ressaltar que "a expressão que ele usou coloca bem a sua revolta".
Ao se solidarizar com Arthur Virgílio, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) denunciou que a Abin estaria grampeando os telefones de vários deputados, inclusive ACM Neto. Pouco antes do encerramento da sessão, Suplicy informou que o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Jorge Armando Félix, assegurou, através de telefonema, que a Agencia Nacional de Informações (Abin) não tem qualquer responsabilidade em supostos grampos conforme denúncia do senador ACM.
As informações e a foto de arquivo (3.8.05) são da Agência Senado.
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