Carlos Velloso diz que revisão de penas pode acabar com caixa 2
Brasília - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está propondo o aumento das penas previstas nos crimes de caixa 2 de um ano para três anos, a mínima, e de cinco para oito anos, a máxima. A informação foi dada hoje pelo presidente do tribunal, ministro Carlos Velloso, ao entregar o anteprojeto de revisão dos delitos eleitorais para avaliação dos membros da Ordem dos Advogados do Brasil. Para o ministro o aumento das penas poderá acabar com a prática de caixa 2 ou reduzi-la a proporções ínfimas.
Segundo Velloso, hoje, o delito cuja pena que mais se aproxima do caixa 2 é o crime de falsidade material e ideológica, que é punido com até 5 anos de reclusão. O ministro explicou que a ampliação das penas está sendo proposta para acabar com a impunidade. Segundo ele, geralmente as pessoas que estão submetidos a processos dessa ordem não têm antecedentes criminais e, como a pena é de um ano, acaba prescrevendo.
"Esperamos com isso levar a punição para aqueles que praticam esse tipo de delito, o que faz desequilibrar a balança das eleições". Velloso afirmou que o TSE tem trabalhado no sentido de acabar com a "cultura de banditismo" nas eleições. "Aliás, quem disse que caixa 2 é coisa de bandido foi o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, com quem estou inteiramente de acordo", afirmou. Velloso se disse favorável à verticalização (que obriga os partidos a manter a nível regional as mesmas alianças firmadas nas eleições para presidente). Para ele, esse é um mecanismo moralizador do processo eleitoral, uma vez que fortalece os partidos políticos e evita os "conchavos".
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