Cheiro de pizza: Delcídio negocia texto do relatório final

Mais do que depoimentos e análise de documentos, o que tem dominado a CPI dos Correios nas últimas semanas são os acordos entre lideranças partidárias em torno do relatório final da comissão, previsto para meados de março. Até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou pessoalmente nas negociações.
O presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), tem sido o principal articulador. Ele já procurou os presidentes do PSDB e do PFL, senadores Tasso Jereissati (CE) e Jorge Bornhausen (SC) respectivamente, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP) e o líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS).
Nas conversas, Delcídio tem utilizado o discurso de que o pior cenário é não ter relatório nenhum, tentando aparar as arestas entre oposição e governo. Ele teme que a radicalização inviabilize a aprovação de um texto final, como aconteceu na CPI do Banestado.
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Comentário do blog: Não pode haver nem 'radicalização', como afirma o conterrâneo corumbaense e pantaneiro Delcídio, nem 'acochambramento' ('acochambrar' é um termo regional popular e, segundo o Houaiss, é "combinar, concertar (algo) de modo escuso", "encobrir (algo) para que não seja conhecido de outros" ou "fazer (algo) precipitadamente e mal, ou de modo escuso") .
Falando em bom português que todos entendem: O relatório final tem que mostrar ao povo brasileiro que foi redigido - depois de exaustiva investigação de um 'fato determinado', como determina a Constituição - por pessoas íntegras e que não têm 'rabo preso' com este ou aquele político.
Os integrantes da CPMI dos Correios têm que provar à sociedade brasileira que são diferentes do ex-deputado federal Roberto Jefferson, que ao denunciar o mensalão afirmou que "aqui [no Congresso Nacional] não tem ninguém diferente de mim." Era uma referência direta ao uso do caixa dois nas campanhas políticas.
Que seja relatada a verdade, apenas a verdade, nada mais que a verdade.
Assim, já teremos uma peça maravilhosa - enviada em seguida ao Ministério Público, encarregado de oferecer denúncia contra os envolvidos em atos de corrupção, pois a CPMI apenas investiga - que irá ajudar o Brasil e o seu povo, que dá demonstrações inequívocas de repulsa à corrupção que aí está, assolando todo o País, de norte a sul e de leste a oeste.
Não venham com pizza, por favor, nobres parlamentares.
Não ousem ser loucos, achando que o povo brasileiro irá perdoá-los.
Afinal, teremos eleições em outubro, ok?
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