Dr. Rosinha cobra depoimento de Dimas Toledo
Segundo Rosinha, Dimas Toledo teve convocação aprovada pela CPMI dos Correios em agosto de 2005, mas o depoimento dele foi transferido para a CPI da Compra de Votos, que acabou por não agendar a ida do ex-diretor à comissão. "A CPMI dos Correios precisa ouvir com urgência tanto o Dimas Toledo quando o Nilton Monteiro", defende Dr. Rosinha, referindo-se ao lobista responsável pela divulgação da lista do caixa-dois de Furnas.
Um novo requerimento de convocação de Dimas Toledo deve ser votado pela CPMI na próxima semana. Já o depoimento de Nilton – cuja convocação já foi aprovada há mais de 5 meses – precisa apenas ser agendado pela comissão.
A assinatura de Dimas Toledo na lista do caixa-dois de Furnas foi reconhecida esta semana por dois cartórios do Rio de Janeiro. A Polícia Federal esteve no 4º e no 15º Ofício de Notas do Rio. Ambos reconheceram tanto as etiquetas quanto os números de série dos selos de autenticação do documento. Os cartórios dizem só autenticar e reconhecer firmas de documentos originais.
Após depoimento prestado esta semana à Polícia Federal, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) afirmou que a lista do caixa-dois de Furnas – já batizado de "dimasduto" – está "muito próxima da verdade". "Dimas estava lá mantido pela aliança do governo do presidente do PSDB na época, Fernando Henrique", afirmou Jefferson. "Então, as contribuições são para PFL, PSDB, PTB, PP."
O petebista confessou ter recebido R$ 75 mil, em dinheiro, diretamente das mãos de Dimas Toledo. "Roberto Jefferson é outro que deveria ser novamente ouvido pela CPMI dos Correios", defende Dr. Rosinha. "Inclusive para participar, se for preciso, de uma acareação com Dimas Toledo", afirmou.
Depoimentos na PFA Polícia Federal prepara um cronograma de depoimentos de políticos citados em lista atribuída a suposta caixa dois de Furnas Centrais Elétricas. Os primeiros a serem ouvidos serão aqueles "com perfil para colaborar" nas investigações. Entre eles estão os que assumiram ter recebido dinheiro de caixa dois em outras campanhas.
A Controladoria-Geral da União, por sua vez, fará auditorias nos contratos de todos os fornecedores de Furnas nos últimos anos, para identificar eventuais fontes do caixa dois. Dos 156 nomes que constam da lista do caixa-dois de Furnas, 48 são políticos do PSDB, 34 do PFL, 21 do PP, 15 do PMDB, 13 do PTB, 11 do PL e 5 do PPS. PDT, Prona, PRBT, PSC e PSB aparecem com um nome cada. Outros quatro nomes não têm filiação partidária conhecida.
Há sete políticos do Paraná na lista. No total, conforme o documento, eles teriam recebido R$ 750 mil do caixa-dois de Furnas. Entre as supostas doações, as maiores teriam sido feitas aos tucanos José Serra (R$ 7 milhões), Geraldo Alckmin (R$ 9,3 milhões) e Aécio Neves (R$ 5,5 milhões).
Dimas Fabiano Toledo foi nomeado diretor de Engenharia de Furnas em 1995 pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Durante o segundo mandato de FHC, chegou a presidir a companhia interinamente. Em dezembro de 2002, Dimas receberia o troféu "Prêmio Qualidade" das mãos do então presidente tucano. Em julho de 2005, foi demitido da direção da empresa pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Fonte: Portal do PT, com Agência Informes (www.informes.org.br)
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