Petistas defendem apuração rigorosa de “lista de Furnas”
Dirigentes petistas se manifestaram, hoje (3), a favor de investigação rigorosa da lista de políticos que teriam sido beneficiados com recursos para caixa 2, originários de Furnas. Todos defenderam uma apuração tão criteriosa quanto aquela feita com acusações contra o PT, muitas delas infundadas. No entanto, os petistas também afirmaram que é preciso ter cuidado com a veracidade da lista, evitando prejulgamentos, como os que houve contra petistas.
Cultura política
O secretário de Finanças, Paulo Ferreira, disse que, desde o princípio dos episódios em junho de 2005, o PT caracterizou o caixa 2 como sendo parte da cultura política nacional, que precisava ser mudada. Ele lembrou que, apesar de não se tratar, naquele momento, de um fenômeno que dizia respeito única e exclusivamente ao PT, a oposição tentou restringir ao PT os episódios de informalidade no financiamento de campanha.
Com a divulgação e com o avanço das investigações na CPI, Ferreira considera evidente a necessidade de tratar a lista de Furnas com responsabilidade e ver sua veracidade. “O que me parece inevitável é que esse dado, a partir do depoimento de Roberto Jefferson na Polícia Federal, deva fazer parte de um processo investigativo como esta sendo feito pela Polícia Federal e pela Comissão Parlamentar de Inquérito”, avaliou.
Ferreira aproveitou para defender a necessidade da reforma política como sendo um elemento da pauta, senão agora, pelo menos na próxima legislatura. “O PT já apresentou uma proposta de alteração das regras de financiamento e de fidelidade dos parlamentares aos seus partidos”, disse.
Prejulgamento
O secretário de Comunicação, Humberto Costa, defendeu a apuração, sem qualquer tipo de prejulgamento, pela relevância que as pessoas acusadas têm e pela gravidade da acusação.
“Entre o PT e oposição não há acordo”, enfatizou, contra especulações de que parlamentares governistas estariam negociando a investigação da lista com lideranças do PSDB e PFL. Costa enfatizou que a nota aprovada pela Executiva do PT não é de quem está querendo abafar ou não quer apurar. “Ao contrário, queremos que se apure. O que não vamos fazer é aquilo de que fomos vitimas o tempo todo: prejulgamentos, denúncias que não se confirmam e acabam se passando por verdadeiras”, falou.
Para ele, estas especulações são uma tentativa de descaracterizar a credibilidade que a lista possa a vir a ter. “Quando alguém diz que isso é coisa do PT, tenta transformar isso que pode ser alguma coisa verídica, em algo que, de antemão, é uma maquinação política”.
Sobre a possibilidade do PT lucrar, em ano eleitoral, com estas denúncias, Costa considera uma avaliação equivocada. Para ele, denúncia em ano eleitoral, geralmente, não tem a força que tem em outros momentos. “Quem imagina que possa reverter qualquer quadro de dificuldades com denúncias no período de eleição tende a colher resultados muito pífios”, ponderou.
Cezar Xavier, do Portal do PT
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